Clube reúne especialistas em mais uma edição do Fórum Permanente de Prevenção de Acidentes Naturais

Um dos principais pontos debatidos foi a responsabilidade de cada entidade na questão

O esforço multidisciplinar na prevenção de acidentes naturais é um compromisso assumido pelo Clube de Engenharia. Durante a sétima edição do Fórum Permanente de Prevenção de Acidentes Naturais não foi diferente. O evento reuniu representantes do poder público para debater sobre os avanços e gargalos no combate aos acidentes naturais. Dois dos principais temas debatidos foram o orçamento público destinado à prevenção, contingência e emergência, e papel de cada entidade na formulação e na prática de políticas públicas para a área de desastres naturais.

Na abertura do evento, o presidente do Clube de Engenharia, Francis Bogossian, ressaltou a extrema importância do debate, tendo em vista o número de tragédias que já ocorreram no Brasil. “As tragédias, que acontecem principalmente nas áreas onde está a população menos favorecida, podem ser prevenidas. Gasta-se muito dinheiro depois que o problema acontece, mas deve-se investir mais na prevenção para que vidas e patrimônios possam ser resguardados”, declarou Francis. Ainda na mesa de abertura, William Paulo Maciel, Presidente da Sociedade Brasileira de Geografia, destacou o protagonismo do Clube na realização do debate. “Esse é o papel da entidade de classe: trazer à tona debates técnicos, esse debate qualifica a engenharia porque exige o desenvolvimento de novas tecnologias”, afirmou.

Já na primeira mesa redonda, Flávio Erthal, presidente do Departamento de Recursos Minerais (DRM-RJ) do Serviço Geológico do Estado do Rio de Janeiro, apresentou a evolução do trabalho da DRM desde a última reunião do Fórum. Segundo ele, a mentalidade das pessoas com relação à prevenção está mudando. “Quando a secretaria de planejamento, que é quem define pra onde vai o dinheiro do estado, começa a prestar atenção no tema, chama os atores envolvidos e escuta a academia, ficamos mais animados”, disse.

O Coordenador Técnico de Geologia do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, Agostinho Tadashi Ogura, explicou a importância de atingir as bases da questão: as prefeituras e a população em si. “A articulação com os municípios me preocupa. É lá que estão as maiores vulnerabilidades sob o ponto de vista de capacitação. Esse fórum tem que extrapolar a sede e tem que ir para as regiões”, explicou.

Ingrid Lima do DRM-RJ, esteve representando Claudio Amaral. A geóloga mostrou uma cronologia da atuação da DRM e apontou tecnicamente a situação de parte da região sudeste com relação aos escorregamentos. “Temos um programa de monitoramento eminente para facilitar as ações da defesa civil. Vamos concluir o ano com 67 municípios fluminenses mapeados”, explicou.

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