O Clube de Engenharia e a música popular brasileira choram a perda de Billy Blanco, o eterno parceiro de Tom Jobim, Elis Regina, Baden Powell e João Gilberto e um dos mais ilustres sócios do Clube, que nos deixou na manhã do dia 08 de julho, às 8h10, após uma parada cardíaca. 

Compositor de clássicos como “Estatutos da Gafieira”, “Viva meu samba”, “Tereza da Praia”, “Sinfonia Paulistana” e “Sinfonia do Rio de Janeiro”, Billy veio ao Clube de Engenharia em setembro de 2010 para cantar com seu filho Billy Júnior e o neto Pedro Sol em um almoço especial. Na mesma ocasião, assinou a proposta de novos sócios, tendo como proponentes Francis Bogossian, presidente do Clube, Fernando Siqueira, vice-presidente e os diretores Jaques Sherique e Luiz Carneiro. 

Nos anos 1940, William Blanco Abrunhosa Trindade cursou até o segundo ano de engenharia, mas se formou dez anos depois em arquitetura pela Faculdade de Arquitetura e Belas Artes, no Rio de Janeiro. Foi nessa época que começou a compor sucessos que foram gravados pelos bastiões da música popular, como Dick Farney, Lúcio Alves, Dolores Duran, Nora Ney, Jamelão, Elizeth Cardoso, Pery Ribeiro e Elza Soares, entre tantos outros que há mais de 50 anos imortalizaram o trabalho de Billy Blanco com suas interpretações. 
Em setembro de 2010, quando esteve no Clube, Billy declarou que ainda tinha cerca de 100 músicas não gravadas e que pretendia gravar novo CD com três gerações de cantores e compositores. Na ocasião, Billy fechou seu show cantando – acompanhado de todos os presentes em coro – o histórico “Canto Livre”, composição dos tempos da ditadura militar, que traz uma mensagem que, hoje, mais do que nunca, tem significado especial. “(...) uma canção tem a força de uma prece, não haverá no mundo quem destrua. Morre um cantor e o canto permanece”.

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