Escorregamentos poderiam ser evitados com contenções e estudos prévios

Estudos sobre encostas são relativamente recentes no Brasil. O tema foi debatido pela 6º Conferência Brasileira de Encostas (COBRAE), que aconteceu no Clube de Engenharia e foi organizada pela Associação Brasileira de Mecânica dos Solos e Engenharia (ABMS). A ABMS foi criada em 1950 e é uma das protagonistas nos debates sobre escorregamentos e contenção de encostas.

O presidente da Comissão Organizadora da 6ª COBRAE e vice-presidente da ABMS Nacional, Paulo Henrique Dias, falou sobre a Conferência e os motivos para que ela fosse organizada no Rio de Janeiro. “O evento acontece a cada quatro anos e voltou ao Rio por causa do histórico de acidentes e desastres naturais. Recentemente vivemos esses desastres no estado. Há registros recentes de 5 mil deslizamentos, 1300 mortos e milhões em prejuízos materiais nas tragédias da Região Serrana e outras”, explicou.

Paulo Henrique também lembrou acidentes envolvendo encostas no Rio desde o Morro do Bumba, em 2010, a tragédias mais antigas, como a grande enchente com cerca de 250 mortos, ocorrida em 1966, que acabou culminando na fundação do Instituto Geotécnico do Rio de Janeiro. Paulo também mostrou imagens sobre as enchentes de Nova Friburgo e seus efeitos devastadores. “A força da água foi implacável e mudou totalmente a configuração urbana de algumas áreas da cidade. Essa é uma das importâncias do estudo das encostas”, narrou.

Além da ABMS, diversos segmentos estavam representados no evento. O geólogo do Instituto de Geotécnica do Município do Rio de Janeiro (GeoRio), Ricardo D’Orsi, falou sobre o sistema Alerta Rio, do qual é coordenador. Ricardo reafirmou a importância do estudo de encostas apontando algumas regiões de alta suscetibilidade a escorregamentos.

Estiveram presentes também Felipe Gobbi, presidente da ABMS-NRRS; Cristina Schmidt, gerente de engenharia na Huesker Brasil; Petrucio Junior, gerente técnico da Maccaferri América Latina; e Bruno Lima, da Fugro In Situ Geotecnia Ltda.

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