Especialistas tratam da preservação de flora e fauna de unidade em Copacabana

Parque Estadual da Chacrinha recebe iniciativas para medição de ruídos e de cuidados com espécies em extinção

O Parque Estadual da Chacrinha é uma relíquia presente em plena área urbana do Rio de Janeiro, junto ao movimentado bairro de Copacabana. Preservar essa área verde e sua fauna é um desafio e tanto, o que estimulou a iniciativa do Clube de Engenharia de promover mais um debate sobre esse recanto carioca. Em virtude do Dia da Árvore, comemorado no último dia 21 de setembro, e das comemorações do Bicentenário da Independência, foi realizado debate com foco na preocupação com as espécies em extinção presentes no lugar e na poluição sonora.

Preservar para ter — Dia da Árvore — Bicentenário da Independência” foi o título do encontro organizado pela Divisão Técnica de Recursos Naturais Renováveis (DRNR). A conselheira do Clube e também do Crea-RJ Denise Batista Alves mediou o debate e ressaltou a importância de se aprofundar os conhecimentos sobre a área.

O Parque Estadual da Chacrinha é um importante patrimônio ambiental, histórico, turístico e cultural do Rio de Janeiro e, portanto, precisa ser cuidado e preservado. Em virtude das comemorações do Bicentenário da Independência e do Dia da Árvore, no último dia 21 de setembro, o Clube de Engenharia em parceria como Crea-RJ e demais instituições, está realizando este evento para resgatar o valor histórico deste lugar e pôr em evidência a necessidade de se dar a devida atenção ao jequitibá de manta, uma raridade que precisa de recuperação”, afirmou Denise.

O presidente da Associação Profissional dos Engenheiros Florestais do Estado do Rio de Janeiro (Apeferj), Cláudio Santana, falou sobre a necessidade de se preservar o jequitibá de manta presente no parque. Trata-se de uma espécie em extinção, com raríssimos casos de sobrevivência na cidade. Segundo ele, a árvore sofre com uma praga, que teria de ser retirada com precisão cirúrgica e delicadeza. 

Ela merece cuidado e ser priorizada em qualquer programa de conservação e restauração dos ecossistemas da nossa cidade e do nosso estado”, disse o engenheiro florestal, que também abordou o trabalho de coleta de sementes para o combate à extinção.

A professora da UERJ Helena Bergallo contou sobre a pesquisa que vem sendo realizada para se avaliar os efeitos do ruído produzido por subestação de energia da Light principalmente para a fauna do lugar. Foram apresentados dados preliminares considerados ainda insuficientes para uma conclusão, mas a exposição foi importante para o público conhecer a metodologia e até a contribuir com informações para se aperfeiçoar as medições.

Precisamos de mais tempo para compreender. É um resultado ainda muito preliminar, mas a subestação está com uma frequência mais ou menos contínua e a maior frequência está numa parte em que nós supostamente não ouvimos”, afirmou a pesquisadora, que atribui o ruído maior aos picos de consumo, que podem ter sido mais graves durante a pandemia.

O presidente da Associação de Moradores da Praça Cardeal Arcoverde (Amave), Marcelo Costa, participou do debate informando que há interferências no parque também por conta de equipamento de ventilação da estação do metrô. Mudanças de hábitos de animais, principalmente morcegos, foram lembradas no evento e todos os dados vão colaborar com o trabalho de pesquisa. O chefe da DNRN, Ibá dos Santos Silva, também participou do evento e destacou a necessidade de maior integração entre os diversos bancos de semente existentes no país.

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