A nação não pode desprezar os valores a serem alcançados a partir do alcance e processamento dos recursos hoje contidos nas profundezas do oceano Atlântico
Por Francis Bogossian, presidente do Clube de Engenharia do Brasil,
e Henrique Luduvice, ex-presidente do CREA/DF, Mútua e Confea
Em primeiro plano, enfatize-se que a Área Tecnológica e o Brasil acreditam e confiam na Petrobras, principalmente em seus estudos e operações de excelência, que pressionam e elevam os padrões internacionais.
A maior empresa brasileira demonstra, em seus projetos e empreendimentos de engenharia com acentuada complexidade, vinculados majoritariamente às áreas de petróleo e energia, a extrema capacidade de uma nação situada na América do Sul.
Desde sua fundação, em 3 de outubro de 1953, pelo presidente Getúlio Vargas, a Petrobras desafiou inúmeros obstáculos interpostos por forças internas e externas que resistiram, com esforço cotidiano, à colocação da nação em um patamar altaneiro de independência e soberania
Contra adversidades históricas, a companhia de capital preponderantemente nacional se impôs pelo brilho de seus resultados, construídos por equipes de profissionais que ostentam qualificações reconhecidas nos diversos continentes.
De igual forma, a nação reverencia suas instituições ambientais, a exemplo do Ibama, que há muito implantaram no país conceitos modernos de desenvolvimento sustentável, contemplando os avanços das tecnologias e inovações, sem prescindir, no entanto, dos ideais que assegurem, às atuais e próximas gerações, uma nação e um planeta equilibrados, compatíveis com a natureza humana.
Nesta breve introdução, aponta-se como necessário exaltar que as aludidas corporações são reconhecidas como detentoras de saberes referenciais nas respectivas estruturas de conhecimento.
Nada obstante, torna-se imperioso frisar que, no debate técnico que se travava envolvendo a autorização para avaliações sobre a exploração de petróleo pela Petrobras nas bacias sedimentares situadas na faixa de litoral que se estende do Estado do Rio Grande do Norte ao Estado do Amapá, havia uma variável de significativa magnitude a ser considerada.
A empresa Petrobras sempre afirmou que a segurança energética do país necessita das prospecções na Margem Equatorial.
Essa contundente manifestação, descrita no parágrafo anterior, foi reiterada pela diretora de Exploração e Produção Sylvia Anjos, em recente painel conduzido pelo engenheiro Wagner Victer, na 80ª SOEA — Semana Oficial da Engenharia e Agronomia, realizada pelo Sistema Confea/Crea/Mútua, na cidade de Vitória, capital do Estado do Espírito Santo.
Registre-se que tal declaração foi proferida na presença de dezenas de entidades representativas, em evento que reuniu milhares de profissionais da engenharia, agronomia e geociências.
No âmbito da relatada apresentação, cercada de expectativas por plateia possuidora de alta qualificação, a Petrobras repisou a importância estratégica das extrações de óleo e gás naquelas localidades, posicionadas, segundo estudos, há mais de 500 quilômetros da foz do Rio Amazonas.
Ressaltou, em adição, que, conforme amplamente divulgado pela mídia, outros países e petroleiras contratadas já se encontram instalados naquele espaço e em franca produção, alavancando riquezas que vêm sendo compartilhadas entre seus conterrâneos.
Neste contexto, ressalvou que os produtos provenientes das regiões petrolíferas em tela poderão impactar positivamente as finanças e a capacidade de investimentos do Brasil em seus cidadãos nos próximos decênios. Afinal — complementou —, surgirão oportunidades de empreendedorismo tecnológico avançado, que ensejarão novos negócios, inovações e vínculos empregatícios.
Em sequência, a Petrobras enfatizou seus constantes compromissos com os temas e cuidados ambientais no exercício das atividades da organização. Realçou, de público, na citada exposição, o zelo com que busca atender às demandas estabelecidas por órgãos responsáveis por emitir licenças referentes ao meio ambiente no país.
No encerramento da palestra, a Petrobras salientou que atua em plena sintonia com o povo brasileiro, relembrando sua vigorosa marca estampada na expressão “O Brasil é a nossa energia”.
Destaque-se que, no fórum em evidência, não se materializaram contestações ou assertivas contrárias a quaisquer das declarações acima expressas.
Este artigo objetiva reiterar os posicionamentos favoráveis dos autores ao aproveitamento energético da Margem Equatorial proposto pela Petrobras, respeitadas as condicionantes ambientais.
Assim como parabenizar as instituições pela maturidade na condução das análises que culminaram com as reais perspectivas de exploração do petróleo estabelecido na Margem Equatorial.
Afinal, a nação não pode desprezar os valores a serem alcançados a partir do alcance e processamento dos recursos hoje contidos nas profundezas do oceano Atlântico, que, por certo, alavancarão os indicadores de desenvolvimento social e econômico das regiões Norte e Nordeste e contribuirão para o incremento da qualidade de vida da população brasileira distribuída na extensão do país.
Finalizando, rotula-se como inaceitável eventuais tentativas de entidades estrangeiras em sequer aventar possibilidades de ingerência no território, na plataforma marítima ou nos destinos do Brasil.
Fonte: Brasil247