Avião com estrutura básica de fibra de carbono foi batizado em homenagem ao tubarão Anequim, que ocorre em toda a costa brasileira e em mares tropicais e temperados, cuja principal característica é a alta velocidade. Desenvolvido por estudantes de mestrado e graduação do Centro de Estudos Aeronáuticos – CEA, da Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG, o Anequim é um avião de quatro cilindros com menos de 500 Kg de peso total, projetado e construído sob a coordenação do professor Paulo Iscold, do departamento de Engenharia Mecânica da UFRJ. O Anequim quebrou recordes mundiais de velocidade em sua categoria, ao atingir mais de 330 Km/h.
Com parte do investimento do próprio bolso da equipe, o projeto do avião surgiu em 2011 para quebrar cinco recordes mundiais a partir da Base Aérea de Santa Cruz, no Rio de Janeiro, em agosto deste ano, pilotado pelo comandante Gúnar Armin Halboth. Com capacidade de voo de 3.000 metros de altitude, nosso mineiro Anequim, ou CE-311, é montado com materiais fornecidos pela empresa Barracuda Composites.
Apesar da pouca atenção recebida pela imprensa nacional, o Anequim foi destaque em publicações internacionais do setor, como a revista Popular Mechanics, que em 1911 também publicou as plantas do Demoiselle, de Santos Dumont.
Em entrevista concedida ao portal do Clube de Engenharia, o professor e engenheiro Paulo Iscold, coordenador do projeto, afirmou que “a repercussão no Brasil e no mundo está sendo ótima. Os recordes do Anequim colocam o Brasil em uma situação de destaque na aviação mundial”.
Recordes do Anequim:
Velocidade em techo de 3 km com altitude restrita: 521,08 km/h
Recorde anterior: 466,83 km/h
Velocidade em trecho de 15 km: 511,19 km/h
Recorde anterior: 455, 8 km/h
Velocidade em techo de 100 km: 490,14 km/h
Recorde anterior: 389,6 km/h
Velocidade em trecho de 500 km em curso fechado: 493.74 km/h
Recorde anterior: 387,4 km/h
Tempo para alcançar 3.000 metros de altitude: 2 minutos e 26 segundos
Recorde anterior: 3 minutos e oito segundos