BNDES eleva para R$ 300 bilhões os recursos da Nova Indústria Brasil

Banco já desembolsou R$ 205 bilhões desde 2023 e acelera retomada industrial com aumento de crédito e incentivo à produção nacional

Banco já desembolsou R$ 205 bilhões desde 2023 e acelera retomada industrial com aumento de crédito e incentivo à produção nacional

BNDES reforça aposta na reindustrialização com expansão de investimentos até 2026

247 – O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, anunciou nesta segunda-feira (26), no Rio de Janeiro, a ampliação dos recursos destinados à política industrial do governo federal. O montante inicialmente previsto de R$ 259 bilhões será elevado para R$ 300 bilhões até o final de 2026. A informação foi divulgada em evento promovido pelo Brasil 247, pelo próprio BNDES e pela Agenda do Poder, com a presença de autoridades como o vice-presidente Geraldo Alckmin e os ministros Fernando Haddad e Gleisi Hoffmann.

Segundo dados apresentados durante o encontro, o BNDES já aplicou R$ 205 bilhões desde o início de 2023, o que representa 80% da meta original. Com esse desempenho, o Banco sinaliza que o ritmo de investimentos pode acelerar no próximo um ano e meio. Os aportes fazem parte do programa Nova Indústria Brasil (NIB), que busca fortalecer cadeias produtivas estratégicas e retomar o protagonismo do setor industrial no país.

Recuperação da indústria e papel do BNDES – Aloizio Mercadante destacou que a economia brasileira registrou crescimento de 3,4% em 2024 e que a indústria, antes estagnada, cresceu 3,1% no mesmo período. Ele atribuiu os resultados a uma estratégia coordenada pelo governo Lula, com protagonismo do Ministério da Fazenda.

“O Brasil saltou da 40ª para a 25ª posição no ranking mundial da indústria, segundo o indicador do IEG. Isso é um marco. E o BNDES teve um papel crucial nesse processo”, afirmou Mercadante. Ele ressaltou ainda que, entre 2022 e 2024, o Banco mais do que dobrou o crédito ao setor industrial: “aumentamos em 132% o crédito para a indústria brasileira, um salto fundamental para impulsionar a retomada da produção nacional”.

Alckmin: integração produtiva e nova letra de crédito – O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, defendeu a sinergia entre os setores produtivos como motor de crescimento e competitividade. Ele reforçou a necessidade de baratear o crédito e anunciou uma nova ferramenta: a Letra de Crédito do Desenvolvimento (LCD), voltada à indústria e ao comércio.

“Tinha LCA para a agricultura, LCI para o imobiliário, agora a Letra de Crédito do Desenvolvimento (LCD) para indústria e comércio”, explicou. “É um crédito mais barato, porque a pessoa física não paga imposto de renda se comprar o título e a pessoa jurídica paga menos”.

Distribuição dos recursos e foco estratégico – Os recursos do BNDES vêm sendo aplicados nas seis missões definidas pela política industrial do governo. A divisão dos R$ 205 bilhões já investidos inclui:

  •  R$ 56,2 bilhões para a agropecuária
  •  R$ 50,8 bilhões para infraestrutura
  •  R$ 49,6 bilhões para digitalização
  •  R$ 23,9 bilhões para defesa
  •  R$ 17,6 bilhões para descarbonização
  •  R$ 7,1 bilhões para saúde

Com a ampliação do orçamento para R$ 300 bilhões, a expectativa é consolidar essa estratégia de fomento ao desenvolvimento tecnológico e produtivo, mirando ganhos de produtividade, sustentabilidade e geração de empregos qualificados.

Fonte: Brasil247

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