Motoristas e passageiros de ônibus e táxis enfrentam martírio. Alguns seguiram a pé. Prefeitura abriu agulha emergencial, mas engarrafamentos foram inevitáveis
Rio – O nó no trânsito do Centro sem a Perimetral fez com que a chegada e saída do trabalho fosse mais difícil nesta segunda-feira tanto para motoristas quanto para quem seguiu os conselhos da prefeitura e optou pelo transporte público, especialmente os ônibus. “Levei quase duas horas para chegar ao estágio no Detran. O trânsito parou na descida da Ponte e nada andava. Praticamente perdi o dia de trabalho e não consigo voltar para Niterói, já que não passa ônibus”, relatou Bettina Lenziard, de 20 anos, que leva cerca de uma hora para vir de Niterói e aguardava, à tarde, condução na Presidente Vargas.
O diretor do Clube de Engenharia, Luiz Carneiro, considerou que a prefeitura foi precipitada quando decidiu mudar o tráfego de maneira tão incisiva na cidade. Ele lembrou que o fechamento da Perimetral não poderia acontecer antes da entrega das vias subterrâneas alternativas. “O Carlos Alberto Muniz (então vice-prefeito) esteve lá com a gente e garantiu que o Elevado só seria fechado quando tivesse alternativa. Mas fizeram tudo ao contrário”, disse.