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Em defesa do emprego, da democracia e da soberania nacional

Reunidos na sede da Federação Única dos Petroleiros (FUP), no centro do Rio, cerca de 70 representantes de movimentos sociais, federações,  centrais sindicais e universidades, entre outras entidades de segmentos da cultura nacional, uniram suas forças para a realização de um grande ato público na próxima sexta-feira,  13 de março. Em todos os estados os movimentos sociais se mobilizam com o mesmo objetivo.

No Rio, a concentração está marcada para as 15 horas, na Cinelândia. Às 17h, haverá caminhada até a sede da Petrobras para uma manifestação no entorno do prédio, símbolo de uma luta de décadas de resistência contra a privatização da empresa. Nas ruas, a população brasileira dirá NÃO às demissões em massa, aos sistemáticos ataques daqueles que insistem em imobilizar e depreciar a Petrobras e, criminosamente, investem, com o apoio da imprensa, no caos político e social. A tiragem de um milhão de exemplares da edição especial do jornal Brasil de Fato será distribuída durante todo o dia pelos movimentos sociais já mobilizados.

As lideranças que se organizam para o ato definiram, ainda, os eixos comuns a todos os movimentos presentes na luta permanente contra o retrocesso. São eles: a defesa do emprego e dos direitos da classe trabalhadora; da Petrobras, espinha dorsal do desenvolvimento brasileiro; da Democracia e da Reforma Política.

Ainda na linha de trabalho no campo da mobilização nacional, na última quarta-feira, 4, o economista José Carlos de Assis, que integra a coordenação do movimento Aliança pelo Brasil, em reunião com o ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto, em Brasília, incluiu na pauta sua preocupação com o risco de demissão em massa dos 500 mil trabalhadores das empresas de engenharia que fornecem produtos e serviços à Petrobras, envolvida na Operação Lava-Jato. Segundo Assis, Rossetto garantiu que o governo está atento à grave situação a que os trabalhadores brasileiros estão expostos.

Ao lado da defesa da Petrobras o movimento Aliança pelo Brasil aponta o imperativo de proteger a Engenharia Nacional, também ameaçada de fragmentação e de liquidação frente ao risco de uma desigual concorrência externa. “Repelimos com veemência eventuais atos de corrupção ocorridos na relação entre empresas de engenharia fornecedoras da Petrobras, e seremos os primeiros a apoiar punições para os culpados, mas somos contra a imputação de culpa sem provas, e a extensão de culpa pessoal a pessoas jurídicas que constituem, também elas, centro de geração de centenas de milhares de empregos, de criação de tecnologia nacional e de amplas cadeias produtivas, e de exportação de serviços com reflexos positivos na balança comercial”.

A agenda de atividades demonstra o crescente movimento de apoio e a não menos crescente repercussão aos movimentos de resistência e luta, inclusive na imprensa internacional. Reproduzimos, a seguir, matéria publicada nos EUA em agência de notícias com sede na Virgínia.

Brasileiros se mobilizam para parar o Golpe de Wall Street

 (EIRNS) – Patriotas, lideranças políticas, a engenharia nacional, academias e sindicatos, com a presença da mídia organizaram a primeira de muitas reuniões de organização da recém-criada “Aliança para o Brasil em Defesa da Soberania Nacional” no dia 25 de fevereiro. Eles se encontraram no Clube de Engenharia, Rio de Janeiro, para traçar estratégias que defendam a nação dos ataques de interesses financeiros estrangeiros.

O pretexto para as agressões sistemáticas é a corrupção descoberta dentro da gigante estatal de petróleo brasileira, a Petrobras – a corrupção executada pelos mesmos interesses financeiros que agora buscam controlar o petróleo do Brasil, derrubar o governo de Dilma Rousseff e tirar o Brasil do grupo BRICS, que ousa desafiar a operação criminosa global que Wall Street e Londres chamam de “sistema financeiro”.

“A nação enfrenta um dos maiores desafios de sua história”, em que “as forças nacionais e estrangeiras ameaçam os próprios fundamentos da sua independência e soberania”, adverte a declaração do Clube de Engenharia aprovada na reunião. “A Petrobras é uma criadora e difusora de tecnologia, investimento e produtividade, que beneficia toda a economia brasileira . Tudo isso está em risco. E é para enfrentar esse risco que o movimento social e político que estamos organizando conclama uma mobilização nacional em favor da Petrobras “.

O ex-ministro de Ciência e Tecnologia Roberto Amaral foi muito claro sobre os riscos envolvidos: O país não corre o risco de sofrer um golpe de estado, disse ele; “o golpe já está em andamento”. A única maneira de acabar com isso, disse ele, é através da união do povo brasileiro.

Outros oradores traçaram um paralelo entre a operação de “golpe” que enfrentam, e os ataques contra Argentina e Venezuela.

Em suas observações, Roberto Saturnino Braga, diretor-presidente do Centro Celso Furtado, afirmou que a soberania do Brasil está sendo ameaçada “pelas medidas ousadas que teve a coragem de tomar”, citando entre essas medidas o seu papel ativo nos BRICS e o estabelecimento de seu Novo Banco de Desenvolvimento, como uma alternativa para o Fundo Monetário Internacional.

A classe criminosa de Wall Street não esconde suas intenções. Em 24 de fevereiro, Moody rebaixou títulos da Petrobras e ameaçou que poderia declarar seus títulos em default, se não forem tomadas medidas imediatas. Fitch e Standard & Poor são projetados para seguir o mesmo caminho sobre a forma como a Petrobras terá que vender pelo menos US $ 20 bilhões em ativos e deixar que as multinacionais entrem dentro de seus gigantes campos de petróleo off-shore.

 

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