Encontros com Tecnologia trata do impacto das inovações para a economia e a sociedade

Crédito: Pixabay

Evento abordou possíveis cenários para as próximas décadas diante do avanço de recursos como a Inteligência Artificial

O advento de novas tecnologias tende a trazer fortes impactos socioeconômicos no mundo inteiro. Inteligência Artificial, automação, internet das coisas e outros avanços estão interferindo nas atividades humanas, causando relevantes modificações para o emprego. Tendo em vista a necessidade de se discutir não só a projeções para o futuro e ações que possam ser implementadas para um aproveitamento mais equânime dessas conquistas científicas, o Encontros com Tecnologia promoveu o evento “Quais os possíveis cenários no futuro do nosso País em função da evolução tecnológica?”. O professor Jano Moreira de Souza e o engenheiro de produção e pesquisador Yuri Lima foram os palestrantes convidados e apresentaram suas visões e um panorama do que os especialistas do mundo inteiro estão pensando.

Yuri Lima, que é conselheiro do Clube de Engenharia, coordena na COPPE/UFRJ  a linha de pesquisa “Futuro do Trabalho”, e apresentou relatório sobre o tema que reúne conclusões de especialistas de 45 países. O estudo traça três tipos de cenário até 2050 com diferentes consequências para a empregabilidade nas próximas décadas, mas deixa claro que sem um devido planejamento as consequências principalmente para o Brasil dos avanços tecnológicos serão drásticas.

O estudo intitulado “Trabalho-Tecnologia 2050: Cenários & ações” avalia que países como o Brasil tendem a enfrentar altíssimos índices de desemprego se persistirem na linha atual de pouco investimento em educação, sustentabilidade e com uma regulamentação fraca com relação às novas tecnologias. Isso acarretaria provavelmente um cenário de escassez de empregos formais, que só cobririam um terço da força de trabalho, enquanto que outro terço teria que sobreviver como autônomos.

Numa perspectiva mais otimista, com governos mais cientes das medidas que deveriam tomar para um aproveitamento mais justo dos avanços tecnológicos, haveria maior participação de empregados e autônomos, que seriam os trabalhadores mais bem preparados, se dedicando a um aprendizado contínuo. No entanto, os especialistas também alertam para a possibilidade de um caminho mais caótico, caso praticamente nada se faça em termos de planejamento para uma adaptação dos profissionais às novas tecnologias e sem qualquer restrição ou regulamentação do uso da Inteligência Artificial.

Yuri Lima apontou algumas medidas concretas que já deveriam ter sido tomadas para se mitigar impactos negativos e transformar os ganhos trazidos pela tecnologia para uma melhor qualidade de vida geral. Em qualquer cenário, a criação de uma renda mínima universal parece ser inevitável, mas para uma orientação mais correta por parte de legisladores e para a administração pública, deveria ser criada uma Agência de Prospecção e Avaliação Tecnológica.

“Quando vemos as discussões no Congresso americano sobre TikTok ou regulação do Facebook, tem muito congressista que parece não ter a menor noção do que está falando. Então é fundamental para termos discussões mais qualificadas e para sabermos o que deveria estar discutindo essa ideia. É importante não deixar que as coisas estourem para começar a debater, como houve com o ChatGPT”, afirmou Lima.

O projeto “Futuro do Trabalho” está no âmbito do Laboratório do Futuro da COPPE/UFRJ, que é coordenado pelo professor Jano Moreira de Souza, outro palestrante do evento. Segundo ele, o planejamento contribuiria com melhores resultados para a sociedade, mas, mesmo com um volume de dados cada vez maior disponível para esse processo, o mundo também convive com grandes incertezas, como a possiblidade de guerras e pandemias. Para ele, o impacto das novas tecnologias sobre algumas profissões será inevitável e, além de renda mínima, investimentos se fazem necessários.

“Os bons empregos custam caro. Os países desenvolvidos estão fazendo isso há décadas, gerando empregos de qualidade e mecanizando os empregos ruins. É preciso investimento para se criar bons empregos e continuidade, o que não há no Brasil e em outros países em desenvolvimento”, argumenta o professor.

Assista à Íntegra do evento:

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