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Engenharia e sustentabilidade de mãos dadas

Fórum de Desenvolvimento discute soluções para implementar metas da Rio +20

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A Semana Oficial da Engenharia e da Agronomia (SOEA) realizou este ano o 2º Fórum de Desenvolvimento Sustentável. Durante o 69º encontro foi lançado o projeto que vai receber, até o dia 1º de maio, as contribuições dos profissionais sobre como implementar as dez propostas aprovadas durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20). O Clube de Engenharia sediou o Fórum da SOEA, que trouxe diversos especialistas da área para discutir a implementação e o cumprimento de metas e compromissos com a sustentabilidade. “A proposta é colher contribuições, além de exemplos de implementação de ações, que estejam relacionados aos temas de sustentabilidade aprovados na Rio+20”, explicou o chefe da Divisão Técnica de Meio Ambiente do Clube de Engenharia e um dos organizadores do evento, Ibá dos Santos Silva.

No evento, o presidente do Ibama, Volney Zanardi, ressaltou a importância da qualificação dos profissionais da Engenharia na área da sustentabilidade.”A estratégia do desenvolvimento sustentável precisa de profissionais que tenham domínio sobre as tecnologias e abordagens, que poderão facilitar o processo de incorporação da questão ambiental dentro de uma estratégia de desenvolvimento. Junto a isso, há um ganho de competitividade, do uso adequado dos recursos naturais do país, que dependem de investimento e da qualificação dos profissionais”, explicou Volney. 

Engenharia e sustentabilidade de mãos dadas 1364433998 Ibá, que é engenheiro agrônomo e também coordenador do Grupo de Trabalho da Rio+20 do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), afirmou ser impossível pensar no desenvolvimento sustentável sem refletir sobre o papel da engenharia.”Não podemos pensar em desenvolvimento sustentável se não pensarmos na inserção da engenharia nesse processo, além do uso das tecnologias inovadoras e sustentáveis. Por isso é importante que se pense que a engenharia e a agronomia sempre estiveram por trás de tudo isso”, frisou Ibá.

O evento contou com palestras sobre o “Programa Brasil+20”, ministrada pela representante do Ministério do Meio Ambiente, Silmara Vieira. A ambientalista e deputada federal Aspásia Camargo participou do evento e disse que os prefeitos precisam ser capacitados para que as cidades tornem-se de fato sustentáveis. Ela sugeriu que os engenheiros sejam os gestores desses processos e pediu que o conceito de engenharia verde seja aplicado em infraestrutura, planejamento, habitação, transporte e energia, entre outros pilares da sustentabilidade urbana.

Engenharia e sustentabilidade de mãos dadas 1364433999 Em destaque os desastres ambientais recentes – e recorrentes – na Região Serrana do Rio de Janeiro. Mais uma vez fortes chuvas deixaram mortos e desabrigados. Os especialistas destacaram que as cidades sustentáveis devem pensar essas questões. As consequências trágicas também foram pauta da apresentação de Silmara Vieira, que mostrou uma proposta de projeto participativo para a construção de municípios sustentáveis. Para Aspásia, as propostas são boas, mas desde que os primeiros a serem ensinados sejam os prefeitos. “A população aprende rápido. Já os governantes precisam de cursos de capacitação”, afirmou. Aspásia falou, ainda, de como a engenharia é fundamental nas resoluções da Rio + 20. “A engenharia está aí para trazer, com inventividade e ousadia, soluções para os problemas das cidades, através, por exemplo, das novas tecnologias limpas, principalmente na área de energia e mudanças climáticas”, concluiu a deputada.

O segundo dia do evento foi marcado pelos debates sobre estruturas, segurança e urbanismo. O diretor do Clube de Engenharia e vice-presidente do CREA-RJ, Jaques Sherique abordou  prevenção e combate a incêndios, estruturas prediais e manutenção. Para ele, os projetos devem nascer da visão dos técnicos da engenharia e não do Corpo de Bombeiros. “Os bombeiros combatem o incêndio, mas quem entende de técnica de prevenção de incêndio é o engenheiro. Para modificar algum sistema de combate a incêndio é preciso um engenheiro registrado no Corpo de Bombeiros, onde praticamente tudo é feito. Onde está a engenharia?“, questionou Sherique.

Para contribuir com a audiência pública sobre a implementação das propostas aprovadas na Rio+20, acesse www.confea.org.br e clique no link Audiências Públicas.

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