Assinatura do acordo com o primeiro fundo deendowment dedicado à UFRJ será realizada na sede do Clube de Engenharia, juntamente com o lançamento das medalhas comemorativas dos 150 anos da instituição
A Escola Politécnica da UFRJ acertou um termo de cooperação com o Instituto Patrimonial
Reditus, para apoio financeiro em projetos de alunos e de professores da instituição,
concessão de bolsas aos estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica, e
desenvolvimento de ações de mentorias e orientações acadêmicas, exercidas por
professores ou ex-alunos.
Para formalizar a cooperação inédita na UFRJ, uma cerimônia será realizada no dia 28 de
novembro, quinta-feira, às 14h, na sede do Clube de Engenharia, com a presença do Reitor da UFRJ,
Roberto Medronho; da diretora da Escola Politécnica da UFRJ, Cláudia Morgado; do
presidente do Clube de Engenharia, Francis Bogossian; da presidente da Comissão da
Ciência e Tecnologia da ALERJ, autora do Projeto de Lei que institui a Escola Politécnica
como Patrimônio Histórico, Cultural e Científico de Natureza Imaterial do Estado do RJ,
Elika Takimoto; do presidente do Instituto Reditus, Felipe de José Berger; do presidente do
Conselho de Administração do Instituto Reditus, Sidney Levy; e de representantes da Casa
da Moeda do Brasil para o lançamento das medalhas comemorativas pelos 150 anos da
fundação da Escola Polytechnica, e do Ensino Superior Civil de Ciências, Matemática e
Engenharia, a partir do decreto nº 5.600, 25 de abril de 1874.
Segundo a diretora da Escola Politécnica da UFRJ, Cláudia Morgado, o acordo busca
contribuir para mitigar os efeitos do atual cenário de restrições orçamentárias pelo qual
passa a Universidade.
“É um marcoi mportante em nosso compromisso com a excelência acadêmica e a inclusão
social, ainda mais numa época em que nos é imposto diversos desafios orçamentários. O
apoio de iniciativas dessa natureza, seja financeiro ou com mentorias, certamente ajudarão
para a formação de profissionais cada vez mais preparados para solucionar os problemas
da sociedade.”
A história do Instituto Reditus começou em 2011 com Daniel Spilberg, ex-aluno da Escola
Politécnica, que, após receber uma bolsa para um intercâmbio na França, decidiu
repassá-la para Raphael Sodero. Este, por sua vez, passou a bolsa adiante para Henrique
Duarte, e assim surgiu a ideia de criar uma rede de apoio entre ex-alunos da Escola
Politécnica da UFRJ. Motivados por essa experiência, fundaram o Instituto Reditus, em
2019, com o objetivo de promover a educação e apoiar a permanência dos estudantes da
UFRJ por meio de um fundo patrimonial.
De acordo com Henrique Duarte, co-fundador do Reditus e CEO entre 2020 e 2023, a
inspiração do grupo vem de um modelo aplicado nas maiores universidades do mundo, o
endowment (termo em inglês que significa fundo patrimonial ou filantrópico).
“É um modelo completamente comprovado lá fora. A cada dez alunos que se formam em Harvard,
Stanford e Yale, três ou quatro doam para a universidade. Essa parceria aumentará
significativamente o nosso impacto junto à Escola Politécnica e toda a UFRJ”,
Inicialmente, o Instituto começou com um programa de mentoria e, ao longo dos anos,
ampliou suas ações, como o Edital de Inovação, que já destinou mais de 750 mil reais a
projetos da UFRJ. Em 2023, o Instituto lançou a Bolsa Reditus, que oferece apoio financeiro
a alunos cotistas de baixa renda. Hoje, com mais de 60 membros voluntários, o Instituto
busca transformar a educação no Brasil, criando iniciativas para apoiar alunos e ex-alunos
da universidade.
Para o atual presidente do Instituto Reditus, Felipe Berger, a parceria entre a UFRJ e o
Instituto Reditus é entendida como uma oportunidade para potencializar a comunidade da
UFRJ para que seja ainda mais protagonista no progresso social, tecnológico e científico do
Brasil.– Com a parceria, permitimos que todo ex-aluno consiga retribuir a educação que recebeu
da sua melhor forma. Juntos, vamos unir esforços para apoiar alunos e professores através
de Editais de Inovações, de programas de mentoria e de bolsas com auxílio financeiro.
Esses são apenas alguns exemplos de como a parceria entre a UFRJ e o Instituto Reditus
pode transformar a trajetória dentro da Universidade.

Medalhas comemorativas
Através de uma parceria com a Casa da Moeda do Brasil, instituições e personalidades da
Engenharia que tiveram participação representativa na história da Escola Politécnica, serão
contempladas com medalhas comemorativas em bronze. Ao todo, 50 unidades serão
concedidas. Ao final da cerimônia, aqueles que tiverem interesse em adquirir a lembrança,
poderão efetuar a compra pelo site oficial da Casa da Moeda do Brasil, nas versões em
bronze e também em prata.
No anverso da medalha, há imagens em destaque do antigo prédio da Escola Politécnica da
UFRJ, situado no Largo São Francisco, e também de Visconde de Rio Branco, juntamente
com as seguintes legendas: 150 anos do primeiro estabelecimento civil para o ensino de
Engenharia; Visconde do Rio Branco; e Escola Polytechnica, com as datas de 1874 e 2024.
No reverso, a composição traz em destaque, sobre o fundo espelhado, a palavra/prefixo
“Poli”, que, além de ser referência carinhosa dos alunos, descreve sucintamente a natureza
multiversa da instituição homenageada. Um arranjo com as legendas “Escola”, “Técnica”,
“UFRJ”, “1874” e “150 anos”, encontra-se sobre um plano fosco texturizado por elementos
gráficos que representam, da roda dentada ao circuito eletrônico, a evolução tecnológica ao
longo do tempo. A história da instituição se funde à história da engenharia no Brasil.
,