Evento aborda soluções geotécnicas em grandes obras  de barragens e de mineração

Crédito: Eletrobras/Divulgação

Engenheiro Aurélio da Silva Lopes recebe homenagem póstuma por suas contribuições em projetos importantes para o país

Reunidos no auditório do 20º da sede do Clube de Engenharia do Brasil, familiares, amigos e colegas de trabalho  e ex-alunos do engenheiro Aurélio da Silva Lopes relembraram as façanhas realizadas em seus projetos e se emocionaram ao compartilhar memórias desse querido sócio que deixou a vida no início do último mês de março. O evento organizado pela Presidência, pela Divisão Técnica de Geotecnia (DTG) e a Associação Brasileira de Mecânica dos Solos e Engenharia Geotécnica (ABMS-NRRJ) foi uma verdadeira aula sobre aspectos técnicos dessa área e também uma bela homenagem a uma grande personalidade da Engenharia brasileira. Contribuíram para o sucesso desse encontro as palestras dos engenheiros José Eduardo Moreno e Marcelo Riul.

Aurélio era formado em Engenharia Civil, com especialização em Geotecnia pela Escola de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (1972). Ao longo de sua carreria, participou de diversos projetos de infraestrutura como as usinas de Belo Monte e Balbina, entre outros, e atuou junto a empresas como PCE, BVP, LPS, Sondotécnica, Enge-Rio, Engevix, IESA e Geotécnica.

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Aurélio da Silva Lopes

Para a homenagem compareceram a esposa Sandra, o Gustavo e a cunhada Deia, entre outros entes próximos. O presidente do Clube, Francis Bogossian, ressaltou que o evento não se tratava de uma despedida, mas de uma homenagem por conta de um legado a ser sempre lembrado: “Eu fico muito emocionado porque ele foi um dos grandes alunos que eu tive. Foi uma pessoa que me deixou tocado não só pelo exercício profissional, mas também por sua figura humana”, destacou Francis.

A professora e engenheira Maria Cascão também participou da homenagem dando ênfase à contribuição de Aurélio para a Geotecnia. “Foi uma pena que tenha nos deixado tão cedo porque ainda tinha muito a contribuir para a nossa engenharia. A vida continua e suas obras estão aí como um orgulho da engenharia brasileira”, afirmou a professora.

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Manuel Martins, Maria Cascão e Francis Bogossian

O evento, coordenado pelo chefe da DTG, Manuel Martins, contou com a participação do engenheiro José Eduardo Moreno, que abordou importantes projetos do qual Aurélio participou. Entre eles, está a construção da barragem da hidrelétrica de Balbina, no Amazonas, obra do início da década de 1980. O empreendimento, no meio da Floresta Amazônica, foi cercado de desafios técnicos, conforme explicou em sua explanação. Entre eles, estava os altíssimos índices pluviométricos da região e a necessidade de impermeabilizar o solo para a instalação das estruturas da usina. Método de injeção de cimento nas canaletas do terreno foi uma solução inovadora proposta por Aurélio, que para alívio geral funcionou bem, tendo vista que a estrutura está resistindo até hoje e ajudando no fornecimento de energia para Manaus.

“A grande vantagem de se trabalhar com o Aurélio é que ele permitia que todos pudessem falar e contribuir. Se um falasse besteira, corrigíamos. Nós tínhamos antes de tudo amizade. Fazíamos todas as tentativas até acertar e por isso a contribuição da pessoa humana e do engenheiro geotécnico que ele era foi fundamental para o sucesso daquela obra”, destacou Moreno.

O engenheiro civil e consultor da BVP Geotecnia e Hidrotecnia Marcelo Riul também apresentou projetos em que Aurélio atuou e contribuiu de forma marcante, com suas soluções. Ele citou o caso de obras de recuperação na região de Mariana (MG), devastada por um desastre ambiental, até mesmo andando sobre o terreno para ver as condições de perto. Em 2015, a barragem de Fundão foi rompida e a de Santarém foi danificada.

“Foram obras que foram feitas de forma muito rápida, com decisão tomadas sempre rápidas, buscando sempre a melhor engenharia. A experiência que o Aurélio trouxe de todas essas outras obras no setor elétrico e as obras que ele havia participado foi fundamental para conseguirmos ter celeridade suficiente para construir essa obra e recuperar o lago de Santarém e também o eixo um a montante de Fundão”, explicou Riul.

Assista aqui ao evento:

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