Em sua terceira turma de alunos, o curso “Os Armênios: do Império Otomano à Diáspora” abre inscrições que podem ser feitas através da plataforma Sympla: www.Sympla.com.br/gepom-apresenta—os-armenios-do-imperio-otomano-a-diaspora__1319542
O curso aborda a história dos armênios e sua organização sociopolítica no Império Otomano no século XIX, as circunstâncias que geraram o grande processo de extermínio dos armênios otomanos a partir de 1915 e a formação de uma grande diáspora armênia ao redor do mundo, inclusive no Brasil.
Serão quatro aulas no total, todas online e aos sábados:
AULA 1: Império Otomano: poder e minorias
AULA 2: Massacre dos armênios otomanos: de Abdul Hamid II ao Tratado de Lausanne
AULA 3: A diáspora armênia no mundo: memória e reconhecimento
AULA 4: Os armênios no Brasil
Para informações: [email protected]
“Uma História pouco conhecida no Brasil e no mundo. A saga de um povo profundamente católico, que fundou o primeira Igreja Católica do mundo, no Ano 1 Depois de Cristo, e que sofreu um Genocidio devastador pelos turcos, que praticamente o exterminou, com cerca de 3 milhões de mortos. Motivo: eles se recusavam a dizer a frase “só Alah é Deus, Maomé é o meu profeta”.
Ficaram sem suas casas, sem suas terras, sem suas vidas, e os poucos sobreviventes se pulverizaram mundo afora. Meu sogro armênio, Jacob Bogossian, chegou ao Brasil em 1914, com 15 anos, um menino. Eram nove irmãos, que vieram chegando aos poucos. Viajaram a pé, a cavalo, camelo, trem, navio a vapor, até aportar nesse maravilhoso Brasil.
Todos construíram suas vidas, povo inteligentíssimo, orientaram os filhos aos estudos. Tornaram-se médicos, jornalistas, artistas, escritores, já na quarta e quinta gerações. Mas sempre guardando o gosto e a curiosidade por sua História, tão pouco difundida. E o gosto por suas comidas típicas, como malfuf, maldum, matfuni, larmeboagin e o doce de nozes, hiris el laus. A reunião de uma família brasileira-Armênia é sempre uma delícia.
Os avós de meu marido, que diariamente caminhavam duas horas, com neve até os joelhos, para jamais perderem a missa cotidiana, foram queimados vivos, justamente por terem se recusado a dizer a frase da fé muçulmana, “miayn Astvats ka, Muhammedn im margaren e”.
Hildegard Angel.