José Carlos Vilar Amigo lecionou por 42 anos, como professor universitário, disciplinas nas áreas técnica e de humanidades. Vivenciou os impactos da educação no comportamento social, bem como o resultado de posturas éticas no ensino e nas relações humanas em geral. Ocupou cargos gerenciais de alto nível na Petrobras e atuou como empresário. Pode observar e refletir sobre os comportamentos políticos e as diversas perspectivas de ação voltadas para o bem-estar social e para o meio ambiente nos 28 países que visitou.
Confrontando as suas experiências com as teorias colhidas de literatura atualizada, evoluiu no entendimento das diferenças culturais das várias sociedades. Compreendeu a importância das crenças, das leis, dos acordos, princípios éticos e o impacto do uso da força nos processos de transformação social. Este conjunto de vivencias e reflexões subsidiam a realização do presente ensaio, conforme explica resumidamente:
“O ensaio tem como temas centrais a capacidade das sociedades impedirem e mesmo reverterem a destruição que vem sofrendo o planeta e a possibilidade de se estabelecer um ambiente social com bens e serviços distribuídos de forma mais equitativa e harmônica.
Embora sejam temas discutidos pelas lideranças políticas do mundo, os resultados práticos se mostram pálidos. Esta palidez é explicada, de forma original, pela forma como os agrupamentos humanos regulam o seu funcionamento e mantêm a solidariedade entre os indivíduos que o compõem.
O regulador dominante nas sociedades contemporâneas é o Mercado (com letra maiúscula, para diferenciar-se do local onde se dão as transações comerciais). À sociedade por ele regulada chamamos de Sociedade Mercadológica. Ela é voltada para o consumo compulsivo, a competição, a acumulação de recursos em poucas mãos e para o econômico, criando um ambiente que inviabiliza a superação dos desafios de conter a destruição do planeta e de criar um ambiente social favorável à equidade entre as pessoas, os quais, dentro da visão que norteia este ensaio, só serão superados pelo regulador Ético, baseado no respeito e empatia ao humano e à Natureza.”