Um dos maiores encontros de pesquisa sobre o setor cultural do Brasil começa em 30 de junho na Fundação Casa de Rui Barbosa, no Rio de Janeiro, onde ocorre o XIV Seminário Internacional de Políticas Culturais, reunindo mais de 230 especialistas do Brasil e da América Latina em mais de 40 atividades, entre mesas, conferências e debates que tratam dos principais temas da cultura contemporânea. O presidente do Clube de Engenharia do Brasil, Francis Bogossian, participa da abertura do evento que se consolida como um espaço estratégico de formação, intercâmbio e formulação coletiva de propostas para o futuro das políticas culturais no Brasil e no mundo e seguirá até 4 de julho.
A programação inclui o lançamento de livros inéditos e a presença de pesquisadores, intelectuais, representantes de organizações da sociedade civil, estudantes, gestores públicos e convidados internacionais. Com uma programação diversa e aberta ao público, o seminário reforça a cultura como campo essencial para a democracia, a inclusão e a valorização da diversidade.
“O Seminário Internacional deste ano é uma das maiores edições já realizadas. Ele tem uma amplitude temática que reflete tanto a diversidade cultural brasileira quanto a variedade de temas que compõem o campo das políticas culturais no Brasil. Eu destacaria dois elementos principais nesta edição. O primeiro é a reflexão sobre os 40 anos do Ministério da Cultura — um ministério que nasce no processo de redemocratização do país e que nos convida a pensar sobre a relação entre cultura e democracia ao longo da história brasileira. Essa reflexão estará presente na mesa de abertura e também em diversas mesas. O segundo ponto é a forte dimensão internacional do seminário este ano. Ela ganha destaque com a parceria com o IberCultura Viva e com os debates sobre as políticas culturais do Cultura Viva e do Cultura Viva Comunitária na América Latina. Participam representantes da Argentina, Uruguai, Peru, Equador, Colômbia, México e também da Espanha. São vários países envolvidos, trazendo a discussão sobre como políticas públicas desenvolvidas no Brasil se tornaram referência para outros países no mundo”, destacou o presidente da Fundação Casa de Rui Barbosa, Alexandre Santini.
Reconhecido como um dos maiores eventos do setor no país, o seminário chega à sua 14ª edição em clima de celebração. Em 2024, os programas Cultura Viva e IberCultura Viva comemoraram, respectivamente, 20 e 10 anos, e terão destaque especial nos debates. As mesas dedicadas ao IberCultura Viva reunirão convidados de diferentes países para compartilhar experiências, discutir desafios e explorar caminhos para fortalecer políticas culturais de base comunitária dentro de uma rede internacional. As discussões também vão abordar a articulação entre governos e sociedade civil, bem como os impactos dessas iniciativas na promoção da diversidade cultural, da cidadania e da inclusão social.
“No Seminário Internacional de Políticas Culturais, teremos a oportunidade de aprofundar o debate e a reflexão sobre uma das mais importantes políticas do Brasil: a Política Nacional Cultura Viva com sua rede de Pontos de Cultura. Uma política que inspira outros países a desenvolver ações de base comunitária, que se caracteriza por ter uma gestão compartilhada entre a sociedade e o governo. O objetivo é reconhecer e fomentar uma parceria público-comunitária que ao reconhecer e fomentar esses grupos populares amplia o acesso da população à formação, ao fazer artístico e aos bens culturais. O Seminário é um momento de avaliar a trajetória de mais de 20 anos de Cultura Viva e de 10 anos do Programa de Cooperação IberCultura Viva, que integra 14 países e visa fortalecer essa iniciativa na região iberoamericana que amplia o exercício dos direitos culturais, por ser uma prática transformadora e inclusiva”, destacou Márcia Rollemberg, Secretária de Cidadania e Diversidade Cultural do MinC e presidenta do IberCultura Viva.
Abertura – primeiro dia
A programação tem início no dia 30 de junho, às 14h, com a mesa de abertura “40 anos do MinC: Democracia e Cultura”, que marca oficialmente o início dos trabalhos com uma reflexão sobre a trajetória e o papel do Ministério da Cultura na consolidação das políticas públicas no país. Às 15h30, acontece a conferência de abertura “Tempo, Memória e Crítica: reflexões sobre os 40 anos do MinC e os 50 anos da Funarte”, que propõe uma análise crítica sobre a história dessas instituições e seus desafios ao longo das décadas.
Às 17h, o debate “BRASIL DAS ARTES: uma Política Nacional” pretende discutir os caminhos possíveis para uma política nacional das artes mais democrática, inclusiva e enraizada nos territórios. A programação do dia se encerra às 19h com uma confraternização e lançamento de livros, em um momento de celebração dos encontros, das ideias e da potência da arte brasileira.
Diálogo, construção e troca de saberes
Ao longo dos cinco dias, o seminário promove mais de 40 mesas de comunicação, que vão abordar temas centrais para o setor cultural, como: políticas públicas de cultura; experiências locais; leis de incentivo; patrimônio; culturas afro-brasileiras; educação e cultura; acessibilidade; culturas tradicionais; audiovisual; gastronomia; Pontos e Pontões de Cultura; direitos culturais, entre outros.
O XIV Seminário Internacional de Políticas Culturais é uma realização da Fundação Casa de Rui Barbosa, instituição vinculada ao Ministério da Cultura (MinC), em parceria com a Cátedra Unesco de Políticas Culturais e Gestão. Esta edição conta também com a parceria do Programa IberCultura Viva.
Inscreva-se: https://www.even3.com.br/xiv-seminario-internacional-de-politicas-culturais-2025-578423/