Fundação Casa de Rui Barbosa recompõe seu Conselho Consultivo

Presidente do Clube de Engenharia, Francis Bogossian, passa a integrar órgão colegiado

O presidente do Clube de Engenharia, Francis Bogossian, tomou posse nesta quarta-feira (13) como membro do Conselho Consultivo da Fundação Casa de Rui Barbosa, instituição vinculada ao Ministério da Cultura. A recomposição desse órgão colegiado foi celebrada em cerimônia realizada na sede, em Botafogo, no Rio de Janeiro, também marcada pela entrega da Medalha Rui Barbosa, honraria concedida desde 1949 a personalidades que contribuem com a cultura do país. No evento, que contou com a presença da ministra da Cultura, Margareth Menezes, também foi oficializada a doação de coleção da escritora Conceição Evaristo, que é a primeira autora negra a integrar o acervo de literatura do lugar.

O presidente da Fundação, o professor e escritor Alexandre Santini, ressaltou em seu discurso a importância do conselho, cujo funcionamento é previsto no estatuto da Casa. Sua retomada caracteriza o propósito democratizante da gestão que vem superando o período obscurantista do governo passado, e procura congregar nomes bastante representativos da sociedade civil.

“É um marco importante da renovação do diálogo com a sociedade civil. Amplia a interlocução da instituição com a sociedade. A Casa é o que é a partir de sua constituição interna, mas só se realiza plenamente a partir desse diálogo permanente. Então, esse conselho será um eixo fundamental da nossa gestão”, declarou Santini.

Os demais integrantes do Conselho são a professora da FGV Lucia Maria Lippi Oliveira; a diretora do Museu Nacional dos Povos Indígenas, Fernanda Kaingáng; a presidente da Associação de Moradores de Botafogo, Regina Lucia Farias de Abreu Chiaradia; o advogado Aldo Arantes; a artista Carmen Luz; o advogado e jurista Técio Lins e Silva e o professor Irapoan Cavalcanti de Lyra.

Durante a cerimônia, foi oficializada a doação do acervo da escritora Conceição Evaristo ao Arquivo-Museu de Literatura Brasileira (AMLB), tornando-a a primeira mulher negra a ter sua obra preservada na instituição. O conjunto inclui cerca de 20 itens, como textos, manuscritos, rascunhos de poemas, um quadro pintado pela artista, cartas de sua mãe, livros, contos, entre outras preciosidades.

Para a ministra da Cultura, Margareth Menezes, a salvaguarda desse acervo simboliza um gesto de reconhecimento e reparação histórica: “O acervo de Conceição Evaristo na Fundação é um marco essencial de reconhecimento de uma das maiores escritoras brasileiras em uma ação de reparação histórica, pois Conceição se torna a primeira escritora negra a fazer parte do acervo dessa instituição, reforçando o compromisso da Casa Rui Barbosa e do MinC com a valorização da diversidade de vozes e narrativas da nossa literatura, abrindo caminho para tantas outras pessoas negras que precisam fazer parte desse espaço.”

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Conceição Evaristo, Margareth Menezes e Alexandre Santini oficializam a doação

Conceição Evaristo, emocionada, destacou a importância do momento: “Estou orgulhosa de ser a primeira escritora negra a ter um acervo na Casa, mas espero que não seja a única. Esse processo pode e deve se aprofundar. Ser a primeira só tem um significado, que é o de abrir espaços para que outros venham; é perspectiva. A Fundação está dando um grande passo, um grande exemplo ao acolher a minha obra, que isso possa ser exemplo para outras instituições também.” Ainda durante a cerimônia, a FCRB concedeu a Medalha Rui Barbosa, honraria que, desde 1949, reconhece personalidades e instituições pela contribuição à cultura nacional.

Neste ano, entre os homenageados da sociedade civil que receberam a Medalha Rui Barbosa estavam o líder indígena e ambientalista Ailton Krenak, a roteirista e escritora Antonia Pellegrino, o jornalista Ancelmo Gois, o advogado, cenógrafo e diretor artístico Gringo Cardia, a jornalista Hildegard Angel, o historiador e professor Luiz Antonio Simas, o curador de arte Paulo Knauss, o historiador e senador Randolfe Rodrigues, o advogado e historiador Cesário Mello Franco, a professora de Direito Carol Proner, o professor e antropólogo Adair Rocha e a curadora de arte Isabel Portella. Além disso, a medalha foi entregue a oito servidores da Casa, em reconhecimento ao seu trabalho: André Luiz de Lima Farias, Guilherme Esteves Lopes Trotta, Rafael de Oliveira Amaro, Bianca Panisset, Monica Cunha, Alan Silva Henrique, Christian Lynch e Claudio Marcio.

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