Ex-presidente do Clube de Engenharia concede depoimento ao projeto Memória Oral
O projeto Memória Oral teve seu acervo enriquecido com o depoimento do ex-presidente do Clube de Engenharia Heloi Moreira, que exerceu mandato entre 2006 e 2009. Ele falou não só sobre esse período, mas sobre toda sua vida profissional, o que trouxe importante contribuição como relato sobre episódios episódios cruciais das últimas décadas.
Heloi Moreira contou como ingressou no Clube na virada das décadas de 1960 e 70, como aspirante. Estudava Engenharia Elétrica na PUC-Rio, área pela qual sempre foi um apaixonado. Mas sua dedicação maior sempre foi a de levar seu conhecimento aos mais jovens. Dedicou a vida à educação, principalmente na Escola Politécnica da UFRJ. Na instituição tradicional, atuou como professor, chefe de departamento e até diretor, função que exerceu durante dez anos.
A carreira acadêmica, de certa forma, o manteve próximo do Clube, onde também atuou através da Divisão Técnica de Formação do Engenheiro, que hoje é denominada Divisão de Formação Profissional (DFP). Durante o período em que foi presidente, Heloi Moreira procurou estreitar as relações da entidade com as instituições de ensino. Segundo ele, o Clube sempre foi uma extensão da universidade, desde o tempo em que a Escola Politécnica funcionava no Centro do Rio, no Largo de São Francisco, e era possível ir a pé de um local ao outro. No entanto, parte desse laço se afrouxou ao longo do tempo.
“De certa maneira o Clube teve uma influência muito grande na vida da Escola e a Escola na vida do Clube. Quando a Escola é homenageada, eu falo sempre nessa simbiose entre essas duas instituições”, conta ele.
Heloi Moreira também defendeu uma maior integração entre os centros de pesquisa presentes no Rio para que a pesquisa científica seja uma alavanca para o desenvolvimento do estado. Através de uma maior cooperação entre as diversas especialidades, poderia haver um maior avanço tecnológico, o que atrairia investimentos e geração de emprego e renda.
“Sem engenharia, não tem produto, não tem desenvolvimento. Se você não tem produto, não autonomia, não tem tecnologia e não cresce. Há um encadeamento de atividades e a engenharia gera muitas oportunidades”, defendeu ele.
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