Resultado de 2022 da pesquisa do IBGE é bem menor do que o de 2021, mas ainda é mais alto do que o geral da economia
A inflação da Construção Civil apresentou desaceleração em 2022 com relação ao ano anterior, mas continua bem acima da medição de preços relativa ao restante da economia. Segundo o IBGE, o Índice Nacional da Construção ficou em 10,9% no acumulado do ano passado, apresentando uma redução com relação ao resultado de 2021, que foi de 18,65%. No entanto, o percentual ainda foi quase o dobro do registrado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA, que ficou em 5,79%, conforme divulgado nesta terça-feira (10/01).
O que mais pressionou o resultado de 2022 foi a variação de 12,18% nos custos com mão de obra. Já os preços dos materiais de construção tiveram alta de 10,02%. Em 2021, a parcela dos materiais fechou bem mais elevada em 28,12% e a mão de obra, em 6,78%.
Segundo o IBGE, a desaceleração foi mais forte no fim do ano. Em dezembro, o índice foi de apenas 0,08%, sendo que em novembro tinha sido de 0,15%. Como o pico de inflação do setor em 2021 foi atribuído à pandemia, há a possibilidade de a crise de fornecimento causada pela questão sanitária estar se arrefecendo, o que só será melhor observado no próximo ano.
A pesquisa do IBGE também mede o custo nacional da construção por metro quadrado, que passou em dezembro para R$ 1.679,25, sendo R$ 1001,20 relativos aos materiais e R$ 678,05 à mão de obra. Em novembro, o custo havia sido de R$ 1.677,96.
A parcela dos materiais apresentou variação de 0,07%, mantendo-se próxima às variações dos últimos dois meses (0,01% em novembro e 0,04% em outubro). Ante o índice de dezembro de 2021 (0,76%), houve queda de 0,69 ponto percentual.
Já a parcela da mão de obra (0,08%) também registrou a menor taxa do ano, caindo 0,27 ponto percentual em relação a novembro (0,35%) e 0,10 ponto percentual frente a dezembro de 2021 (0,18%).
Foto em destaque: Fernando Frazão/Agência Brasil.