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Largo de São Francisco – 50 Anos Depois A ENE ERA ASSIM

Nesta terça-feira, 10 de março, o antigo salão nobre da Congregação da ENE, reviveu grandes momentos no lançamento do livro: A ENE Era assim… As memórias de 29 autores, em 39 crônicas dos Anos Dourados na Escola Nacional de Engenharia. O lançamento do livro contou ainda com a presença do presidente do Clube de Engenharia, Francis Bogossian, de conselheiros e sócios do Clube.

Largo de São Francisco – 50 Anos Depois A ENE ERA ASSIM 

Israel Blajberg (*) 

O tempo passou. Mais de meio-século. Um dia eles foram jovens alunos da ENE. Hoje retornam  na tarde desta terça-feira 10 de março de 2015, velhos engenheiros que cumpriram sua missão, ontem e sempre com o mesmo entusiasmo, a mesma vibração, muitas recordações, alegrias, até algumas poucas tristezas, ao  velho Largo da Cruz de São Francisco. Até José Bonifácio entrou no clima de festa, segurando uma varinha com fitas azuis, que alguem lhe colocou na mão.. 

Hoje, os bons filhos à casa tornam, ainda que por breves momentos. Novamente, aquelas paredes testemunham a presença de tantos engenheiros, Os antigos alunos se sucedem na longa fila para receber seu exemplar do livro A ENE ERA ASSSIM. Velhos amigos se reencontram.   

Quantas historias ASSIM testemunhou aquele antigo e querido predio … construido para ser uma Catedral, mas para onde o Príncipe Regente D. João mandou transferir a Academia Real Militar.   
A Sala da Congregação revive seus dias de glória, quando ali pontificavam expoentes da Engenharia Nacional, diretores e catedráticos, de Paulo de Frontin a Costa Nunes, de Capanema a Othon, Macyntire, Saturnino, Joppert, Cantanhede, tantos que fizeram a história daquela casa, o solo sagrado da Escola Central, depois Polytechnica, a Alma Mater da Engenharia Nacional. Hoje, quem sabe … eles estavam por ali… ainda que apenas um ou outro mais sensitivo pudese sentir suas presenças. 

Embora a ENE já esteja longe do Largo, em que pese a destruição do distico Escola Nacional de Engenharia na fachada do predio, do tempo que não perdoa, o lugar ainda ostenta uma aura de  santidade; embora outros sejam os ocupantes das vetustas cadeiras das Sala da Congregação, ela não perdeu a majestade.  Diante do  mesmo Largo onde José Bonifácio, o Patriarca da Independencia, viu passar tantas gerações de estudantes, brilhantes mestres da Engenharia, expoentes da  nacionalidade  que aqui estudaram e lecionaram. Ainda está presente uma força, uma entidade maior … Um lugar sagrado … O poder de anos e anos de tecnologia …  
É preciso fazer alguma coisa.  Se todos quisermos, esta será novamente a Casa da Engenharia. 

(*) Turma de 1968 – ENE-UB – Eletrônica

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