Novo balanço do ONS prevê crescimento de 154% em investimentos no setor elétrico

Revisão do Plano da Operação Elétrica para os próximos três anos estima montante no valor de R$ 60,7 bilhões, principalmente em obras

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) concluiu o Plano da Operação Elétrica  para o próximo triênio, em que estima um crescimento de 154% no volume de investimentos no setor com relação ao levantamento anterior. Enquanto o último balanço (2022/2026) previa um montante de R$ 23,9 bilhões, o atual (2023/2027) saltou para R$ 60,7 bilhões. Dessa estimativa, R$ 55,7 bilhões são referentes a novas obras. Na análise por estado, observa-se que cinco deles concentram cerca de 80% dos futuros gastos em expansão da infraestrutura: Bahia (R$ 13,6 bilhões), Minas Gerais (R$ 13,1 bilhões), Maranhão (R$ 10,3 bilhões), Goiás (R$ 8,5 bilhões) e Piauí (R$ 4 bilhões).
“Grande parte da demanda por investimentos no setor decorre da expansão da geração eólica e solar fotovoltaica na região Nordeste e em Minas Gerais, que requer a adequação da infraestrutura para possibilitar o escoamento dos excedentes energéticos para os demais subsistemas do Sistema Interligado Nacional (SIN)”, informou o ONS por nota.
O balanço contabiliza a construção de cerca de 16 mil km de novas linhas de transmissão e 34 mil megavolt-ampères (MVA) de acréscimo de capacidade de transformação em subestações novas e existentes. Esses empreendimentos representam um acréscimo da ordem de 10% na extensão das linhas de transmissão e de 9% na potência nominal instalada em transformadores da Rede Básica e da Rede Básica de Fronteira, em relação à rede existente.
 O PAR/PEL tem como objetivo avaliar o desempenho do SIN no horizonte de cinco anos, para que a operação futura seja realizada com níveis de segurança adequados e dentro dos critérios de confiabilidade estabelecidos nos Procedimentos de Rede. O documento tem periodicidade anual e está sujeito a atualizações sempre que ocorram fatos relevantes.
 O estudo projeta de forma conservadora uma capacidade instalada total no país de 208,4 gigawatts (GW) até o fim de 2026, contra os 186 GW atuais, com um crescimento de 12,04%. A expansão das fontes renováveis na matriz deve ser bastante significativa e vai contribuir com o resultado, pois estima-se que só a eólica e a solar virão a ser responsáveis por 44 GW do total. No entanto, o documento ressalta que “se forem consideradas as usinas com o Contrato de Uso do Sistema de Transmissão (CUST) assinado e pareceres de acesso válidos ou em andamento no ONS, a capacidade instalada do SIN totalizará 259,7 GW e a participação de usinas eólicas e fotovoltaicas chegará a valores de 95,2 GW”, numa avaliação mais positiva.

Foto em destaque: Miguel Á. Padriñán/Pexels

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