
O Clube de Engenharia promoveu palestra do Engenheiro Benito P. Da Rin, ex-funcionário da CEDAE, com mais de 50 anos de experiência no tratamento de efluente, sobre “Tratamento de esgotos: o (quase sempre desprezado) papel do decantador nos lodos ativados”. O moderador foi o conselheiro vitalício Jorge Rios, chefe da Divisão Técnica de Recursos Hídricos (DRHS).
O que acontece numa estação de tratamento de esgoto (ETE) é relativamente simples – aeração do esgoto com microorganismos, decantação para separar as partes líquida e sólida e bombeamento – porém seu pleno funcionamento envolve um trabalho complexo de engenheiros do ramo. Por isso o decantador tem o papel, dentro do sistema, de fazer precipitar a matéria orgânica presente no esgoto, separando-a da água.
Nas palavras de Da Rin, é uma dupla função: clarificar o líquido e espessar o sólido. Com o objetivo de orientar os presentes a dimensionar um decantador para uma nova estação de tratamento, Da Rin apresentou uma série de cálculos importantes. Embora existam normas definindo a taxa de sólidos – valor máximo admissível da concentração de sólidos no efluente – a grande heterogeneidade entre decantadores e esgotos pede estudos mais precisos.
Da Rin apresentou conceitos e cálculos, tais como sedimentabilidade, velocidade de sedimentação e fluxo de sólidos para mostrar como o estudo detalhado de uma amostra de esgoto pode ajudar a definir a capacidade do decantador e qual deve ser sua área. O resultado esperado é um sistema que retenha o lodo ativado, sem enviar para as etapas posteriores um efluente ainda contaminado.
O evento foi promovido, em 03 de Dezembro, pela Diretoria de Atividades Técnicas (DAT) e Divisão Técnica de Recursos Hídricos e Saneamento (DRHS), com o apoio das Divisões Técnicas de Engenharia do Ambiente (DEA) e Recursos Naturais Renováveis (DRNR), Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES) e Associação Brasileira de Profissionais Especializados na França (ABPEF).