Prós e contras da questão energética nacional

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A análise da questão energética brasileira sob a perspectiva administrativa foi um dos focos da palestra “Geopolítica da Energia” apresentada pelo professor de Políticas Estratégicas da Escola Superior de Guerra, o engenheiro químico Simon Rosental, nesta quarta-feira, 6 de abril, no Clube de Engenharia.

Crítico, o engenheiro declarou ser necessário um planejamento global do setor energético e apontou as dificuldades que a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) tem em subsidiar essa ação com pesquisas e estudos.  “O problema não é técnico, mas político,” lamentou o professor, lembrando que no Brasil, desde sempre, programas de governo, mesmo que bons para o país podem ser cancelados por razões que, muitas vezes, não são de interesse público.

Outro destaque foi a análise da matriz energética brasileira em comparação com a mundial. Ainda que admita haver pontos a serem melhorados, Rosental divulgou, com orgulho, dados do Ministério de Minas e Energia (MME) que registram que 40% da nossa matriz é renovável em comparação com a média mundial, que é de 13,8%. As fontes renováveis são mais significantes ao observarmos a energia elétrica, compondo 74,6% da nossa matriz. Mundialmente, a média é de 23,6%.   

Ainda sobre a avaliação da matriz energética nacional, Rosental vê com otimismo o uso que o país tem dado às fontes alternativas e à biomassa, embora admita ter sido contra no início. Por outro lado, o engenheiro avalia a reação negativa brasileira à energia nuclear como preconceituosa e indica as tragédias em Hiroshima e Nagasaki como origens do excesso de cuidado. Para ele, as medidas de segurança comuns hoje às usinas nucleares são suficientes para impedir acidentes e a reserva de minérios brasileira, sexta maior do mundo, é uma vantagem desperdiçada.            

O professor também fez críticas à forma como foram construídas algumas usinas hidrelétricas. Tomando o exemplo de Belo Monte, apontou como, com o objetivo de não impactar o meio ambiente, o projeto foi descaracterizado e seus reservatórios impedidos de funcionar. Como consequência, foi indispensável, para suprir a demanda energética local, o uso de termoelétricas, grandes emissoras de gás carbônico. Sobre este assunto, o engenheiro foi inflexível: “Ou constrói direito, ou não constrói”.

A palestra de Simon Rosental foi promovida pela Diretoria de Atividades Técnicas (DAT), a Divisão Técnica de Energia (DEN) e a Divisão Técnica de Engenharia Química (DTEQ).

Confira a palestra na íntegra:

Parte 1

Parte 2

Parte 3

Parte 4

Parte 5

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