Rio quer trocar BRT por VLT

/ Pela Imprensa

Câmara do Rio aprova em primeira votação projeto que transforma corredores do BRT em VLT

Proposta recebeu 37 votos favoráveis e precisa passar por segunda discussão antes de seguir para sanção do prefeito; mudança promete reduzir poluição e melhorar eficiência do transporte

A Câmara Municipal do Rio aprovou nesta quinta-feira (16/10), em primeira discussão, o Projeto de Lei Complementar nº 56/2025, que prevê a conversão das frotas de BRT dos corredores Transcarioca e Transoeste em Veículos Leves sobre Trilhos (VLT) ou tecnologia similar. Dos 40 vereadores presentes, 37 votaram a favor e apenas três foram contrários. A proposta agora precisa passar pela segunda discussão antes de seguir para sanção ou veto do prefeito Eduardo Paes.

Antes da votação, a Comissão de Transportes da Câmara realizou uma audiência pública com representantes das secretarias de Transportes e de Desenvolvimento Econômico. Segundo a secretária Maína Celidonio, estudos feitos com o BNDES indicam que a conversão é viável, já que os corredores possuem calhas e áreas desapropriadas, permitindo uma execução mais rápida. Ela destacou ainda que, apesar do investimento mais alto, o VLT tem vida útil maior que a de um ônibus, garantindo qualidade e durabilidade.

A Transcarioca, com 45 estações e terminais Alvorada e Fundão, transporta até 16 mil passageiros por hora em cada sentido. A Transoeste, com 41 estações e terminais que vão de Santa Cruz ao Jardim Oceânico, tem capacidade equivalente.

O secretário de Desenvolvimento Econômico, Osmar Carneiro, apontou que a mudança trará benefícios urbanos, sociais e econômicos, como redução de emissões, menor número de acidentes, geração de empregos e custos operacionais mais baixos. Carneiro mencionou ainda que a tecnologia de Veículos Leves sobre Pneus (VLP) também está sendo estudada, mas precisa de análise mais aprofundada para avaliar o custo-benefício.

Entre os vereadores favoráveis, Paulo Messina ressaltou que trajetos definidos se beneficiam do transporte sobre trilhos, que é mais rápido, menos poluente e de manutenção mais simples. Para ele, a adaptação dos corredores já existentes vai gerar um sistema de transporte mais eficiente para os passageiros.

O projeto do VLT de São Cristóvão, com cinco paradas e 5,2 km de extensão, foi citado como exemplo de integração com metrô, trem e ônibus, aproximando o transporte de pontos culturais como o Museu Nacional e a Quinta da Boa Vista.

Entre críticas, o representante do Conselho da Cidade, Atílio Moraes, apontou que, apesar de diversos projetos de mobilidade terem sido elaborados nos últimos anos, muitos problemas permanecem, e estudos antigos já indicavam esses corredores como linhas de metrô, evidenciando a necessidade de visão sistêmica para o planejamento urbano.

Fonte: Diário do Rio, 16/10/2025

Foto: Daniel Martins/DIÁRIO DO RIO

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