14.05.2017
Na última sexta-feira mais de três dezenas de servidores do BNDES, todos admitidos por concurso público naquele órgão de Estado, do Poder Executivo de nosso estado democrático de direito, sofreram condução coercitiva arbitrária, violenta, desnecessária e injustificada, para deporem na Polícia Federal sobre uma operação de participação societária da BNDESPAR no Grupo JBS.
É a primeira vez nos 65 anos de existência do BNDES que isso ocorre. Os servidores estão naturalmente amedrontados, pois está em curso a criminalização das atividades do BNDES enquanto Banco de Desenvolvimento. As imprecisas, e incorretas, considerações feitas pelo Tribunal de Contas da União sobre operação da BNDESPAR com o Grupo JBS são divulgadas com estardalhaço pela mídia, o que contribui para distorcer a verdade e para agravar as injustiças cometidas, com profissionais competentes e dedicados.
Tais servidores se ocupam – com eficácia e efetividade – a contribuir para o desenvolvimento econômico brasileiro. A crítica não é a essa investigação, ou a qualquer outra que se faça. A atuação do BNDES é transparente e a entidade presta contas à sociedade permanentemente. O que se critica é a inexistência de razões para incriminar a Instituição e seus servidores, é a mentirosa veiculação dos fatos e a arbitrária condução coercitiva de dezenas de servidores do BNDES.
O Clube de Engenharia entende que esse episódio evidencia, umas vez mais, o desmonte da Instituição que está em curso. Manifesta nesta oportunidade sua solidariedade irrestrita aos servidores do BNDES e conclama outras organizações da sociedade civil – especialmente empresariais e de trabalhadores – a se posicionarem em defesa do BNDES e de seus servidores.
Pedro Celestino
Presidente do Clube de Engenharia