Sustentabilidade e metas para o clima dependem da contribuição da engenharia

Presidente do Ipea, Luciana Servo

Presidente do Ipea, Luciana Servo, dá palestra no Clube e fala sobre os objetivos que o país precisa alcançar para atingir a neutralidade climática

O Brasil assumiu o compromisso de atingir a neutralidade climática até 2050. A meta é reduzir e limitar o patamar de emissões dos Gases do Efeito Estufa a ponto de o país não mais contribuir com o aquecimento global. Mas, como mostrou a presidente do Ipea, Luciana Servo, em palestra no Clube de Engenharia do Brasil, esse processo depende  ainda em muito de inovações tecnológicas, planejamento e intensa participação da engenharia para a adoção das soluções adequadas.

Na palestra intitulada “Metas, Indicadores, Contribuições Nacionais Determinadas e o papel da Engenharia para o Desenvolvimento do Brasil”, a economista ressaltou a importância dos compromissos firmados pelo Acordo de Paris (2015). Para o mundo evoluir no sentido de se evitar o agravamento do aquecimento global, muito ainda precisa ser definido, sobretudo com relação ao peso dos países mais ricos, mas já é possível que cada país assuma sua responsabilidade. Isso pode ser feito por meio de um Contribuição Nacionalmente Determinada, ou em inglês, New Distribution Capability (NDC).

Para o Brasil reduzir suas  emissões e cumprir com sua parte nesse processo, a principal ação é o combate ao desmatamento. Nesse ponto, a queda registrada em diferentes biomas em 2023 — sendo que 21,8% só na Amazônia — já  contribuem para a meta, mas há esforços que são necessários também em outras áreas como na energética. A adoção de soluções de transporte público mais eficiente para  as cidades é fundamental, e como bem destacou a presidente do Ipea, só será possível com a atuação da engenharia.

Ela também ressaltou que o compromisso do Brasil não é de promover a defesa do meio ambiente em detrimento de outros avanços, como o combate à pobreza. Ao contrário: essas metas precisam caminhar juntas. Frear o aquecimento global é uma tarefa que deve ser executada em concomitância com o cumprimento dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, segundo ela.

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A economista citou como grandes desafios nesse processo que envolvem diretamente a engenhara o déficit de infraestrutura resiliente e justa, o atraso em tecnologias limpas em setores estratégicos (transportes, energia, agro), a inegração entre engenheiros e políticas públicas. No entanto, há também oportunidades a serem aproveitadas como a implantação do Plano de Transição Ecológica e das NDCs (Contribuições Nacionalmente Determinadas), a expansão de empregos verdes e tecnologias digitais e a adoção de incentivos à inovação em startups e empresas de impacto socioambiental.

“A crise climática e a transição justa são grandes desafios presentes, mas nós podemos fazer muito coletivamente para isso aconteça de forma sustentável e sustentada”, concluiu Luciana Servo.

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