Cerimônia contou com apresentações artísticas e a abertura de novos espaços e projetos acadêmicos
O auditório do Salão Azul da Decania do Centro de Letras e Artes (CLA) do Edifício Jorge Machado Moreira (JMM) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) foi palco, na quarta-feira, 17/9, da cerimônia que celebrou os 200 anos do curso de Arquitetura e os 80 anos de criação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU). Representantes, docentes, técnicos administrativos em Educação (TAEs), egressos e estudantes da faculdade lotaram a plateia durante o evento, que contou com uma apresentação do Trio Oré, da Escola de Música da UFRJ.

Fundada em 1945, tem uma história que remonta ao curso de Arquitetura mais antigo do Brasil, criado em 1816 na Academia de Belas Artes por D. João VI. A instituição consolidou-se como a Faculdade Nacional de Arquitetura em 1945, tornando-se a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo em 1961, com a mudança para a Ilha do Fundão e a adoção do nome atual. A FAU é um centro de excelência no ensino, pesquisa e extensão, conhecido por formar grandes nomes da arquitetura brasileira e por seu acervo histórico.
“Este bicentenário é também o reconhecimento da importância que tem para nós, arquitetos, este vínculo da escola com a arquitetura da escola, uma condição existencial, visceral, que vai bem além do simples provimento de espaços para ensino e alcança a dimensão pedagógica do edifício que nos abriga”, disse o diretor da FAU, Guilherme Carlos Lassance dos Santos Abreu.

Durante a celebração, o reitor da UFRJ, Roberto Medronho, destacou a trajetória de desenvolvimento da FAU, caracterizada por, além de formar brilhantes arquitetos e urbanistas, preparar cidadãos que querem mudar o país e o mundo: “A primazia do ensino de Arquitetura do Brasil surgiu aqui, na UFRJ. A primazia do ensino superior neste país surgiu na UFRJ. Falar sobre soberania nacional é falar em ensino superior, em ciência, tecnologia e inovação, pilares fundamentais da soberania”, afirmou Medronho.
Os presentes também destacaram projetos e ações que resultaram na restauração, recuperação e consequente reutilização de espaços do Edifício JMM, como o próprio auditório do Salão Azul da Decania do CLA, onde o evento foi realizado. As iniciativas contaram com apoio do próprio corpo social da FAU. “Tudo avançou por uma grande vontade de aprendermos juntos. A parte visível que começa a aparecer agora, depois de dois anos de muito aprendizado”, lembrou o decano do CLA, Afrânio Gonçalves Barbosa.
Os discentes também tiveram voz na cerimônia. Representantes dos coletivos estudantis da FAU ressaltaram o protagonismo histórico dos alunos na fundação da então Faculdade Nacional de Arquitetura e na construção de uma escola crítica, unida e combativa. Também destacaram uma herança de audácia e inovação que atravessa gerações na faculdade, apontando para a necessidade de um futuro democrático, igualitário e transformador, no qual os estudantes sejam reconhecidos não apenas como beneficiários do ensino público, mas como agentes fundamentais na sociedade.

Após a cerimônia, os presentes também puderam participar da abertura da exposição “FAU Continuidade ‒ 200 anos de arquitetura vistos pelo acervo do Núcleo de Pesquisa e Documentação (NPD/FAU)”, no mezanino do JMM, da abertura da exposição “Biblioteca Integrada ‒ FAU-FNA 80 anos em publicações”, da inauguração do Centro de Referência JMM e da inauguração do Laboratório Aberto de Inovação e Design (Laid).