Clube de Engenharia se solidariza com população gaúcha e se posiciona como ponto de debate no enfrentamento às mudanças climáticas

A tragédia ambiental que atinge o Rio Grande do Sul nos mobiliza em solidariedade e também serve como alerta para adotarmos novas medidas de proteção de nossas cidades. É passada a hora da sociedade encarar realisticamente o impacto de suas ações frente às mudanças climáticas. Há tempos o Clube de Engenharia alerta para necessidade de redobrar a atenção com o meio ambiente e combater políticas e práticas que incrementam a destruição da natureza em nome de interesses imediatistas e, muitas vezes, estritamente financeiros. Nesse momento se posiciona como um espaço de defesa do respeito à natureza e ponto de debate para criação de soluções efetivas no enfrentamento das mudanças climáticas.

As chuvas excepcionais que atingiram o Rio Grande do Sul encontraram uma situação de apagão da infraestrutura do Estado, fruto de políticas de desinvestimento e privatizações. Em Porto Alegre, por exemplo, a imprensa e especialistas do setor apontam o abandono de investimentos como uma das causas do colapso do sistema de proteção contra as cheias que é composto por diques, casas de bombas, o muro da Mauá, comportas de superfície e de gravidade e ainda a estrutura predial da usina do gasômetro. Um complexo construído em várias décadas, desde 1941, e que representa investimentos que ultrapassam um bilhão de dólares, mas cujos serviços básicos de manutenção não foram feitos.

Além dessas questões administrativas, há uma sequência de ações que contribuem com a piora das condições ambientais. Por exemplo, a flexibilização de leis, com a finalidade de aumentar áreas de plantio de soja; o desmonte de planos diretores para favorecer a especulação imobiliária em zona ribeirinhas e a implantação de minas de carvão. São fatores que levam à destruição da infraestrutura natural que se reflete na emergência climática e ambiental que estamos atravessando.

É hora de medidas urgentes. A grave situação do Rio Grande do Sul não é um caso isolado. Vários outros desastres ambientais têm ocorrido e precisamos atuar imediatamente. Medidas como a criação de um sistema de alerta nacional para aviso sobre os riscos de eventos climáticos; a criação de um sistema nacional de proteção e defesa civil, integrando diferentes agentes que atuam no setor e o entendimento de que vivemos uma emergência climática permanente é necessário. Mas precisamos de mais reverter estragos já feitos e, principalmente, para evitar que novas agressões ao meio ambiente sejam perpetradas.

Como ajudar:

No site AJUDA – RS  é possível ter um quadro geral da situação no Rio Grande do Sul, com localização de pontos de apoio para recebimento de doações, locais de abrigo, áreas de risco, informações de desaparecidos, localização de água potável, atendimento médico e psicológico, cadastro para voluntariado etc.

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