Transpetro planeja investir R$ 12,5 bilhões na construção de 25 navios e impulsionar a indústria naval brasileira

Subsidiária da Petrobras se prepara para lançar licitações em janeiro e deve movimentar a economia nacional

Uma boa notícia para a indústria naval brasileira: a Transpetro, subsidiária da Petrobras voltada para transportes, anunciou plano de investir R$ 12,5 bilhões na encomenda de 25 novos navios. O anúncio foi feito na última terça-feira (22/08) pelo presidente da empresa, Sergio Bacci, durante a 17ª Edição da Navalshore – Feira e Conferência da Indústria Marítima, no Rio de Janeiro. A ideia é executar o projeto nos próximos oito anos.

A encomenda abrangerá embarcações gaseiras, navios projetados para o transporte de derivados claros e também aqueles destinados ao transporte de derivados escuros.

Com um prazo de construção estipulado em oito anos, a iniciativa se mostra tanto ambiciosa quanto necessária para fortalecer a infraestrutura naval do país.

A previsão inicial de investimento, que atinge a marca dos R$ 12,5 bilhões, ainda é considerada preliminar por Bacci, uma vez que o montante final dependerá dos resultados das licitações que estão por vir.

Segundo o presidente da Transpetro, essas licitações estão programadas para serem lançadas já em janeiro, abrangendo três lotes diferentes.

Essa abordagem visa não apenas agilizar o processo, mas também envolver diversos atores da indústria na construção desses navios estrategicamente vitais.

A lembrança dos problemas anteriores da indústria naval brasileira está presente na mente dos envolvidos.

O presidente Bacci ressaltou a importância de não repetir os erros do passado, especialmente considerando o escândalo de corrupção exposto pela Operação Lava Jato.

A busca por transparência e eficiência é um pilar central nesse empreendimento, como indicado por seu pedido à Controladoria Geral da União (CGU) e ao Tribunal de Contas da União (TCU) para monitorar rigorosamente o processo.

Criação de empregos

Em relação aos custos, Bacci reconheceu que os preços praticados no Brasil não podem competir diretamente com os valores chineses.

No entanto, ele argumenta que um certo sobrepreço é justificável dada a capacidade desses investimentos em gerar empregos e estimular a economia local.

O presidente destacou: “Vou pagar mais caro? Vou. Não tem jeito, tudo é mais caro no Brasil do que na China. Mas não vou pagar o dobro.”

Além de fortalecer a Petrobras ao reduzir sua exposição a fretes internacionais para o transporte de petróleo derivados, a expansão da frota de navios também promete ser uma fonte de diversificação para a Transpetro.

Com uma frota atual de 26 navios, a empresa planeja dobrar esse número até o final do prazo de construção das novas embarcações.

Além disso, a empresa está explorando novas parcerias, mirando potenciais clientes no Suriname e na Guiana, onde recentes descobertas de reservas de petróleo e gás têm despertado interesse significativo.

A indústria naval brasileira, após enfrentar desafios e turbulências nos últimos anos, agora vislumbra um horizonte mais promissor com o anúncio dessa encomenda substancial.

À medida que a Transpetro se prepara para lançar as licitações em breve, a atenção se volta para o renascimento dessa indústria vital, potencialmente transformando-a em uma força global na construção naval e no transporte marítimo de derivados de petróleo.

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