Fechamento é necessário, diz Coppe/UFRJ
Uma alternativa ao desgastado Elevado do Joá está em estudo pela Prefeitura do Rio. Segundo o coordenador de projetos da Secretaria Municipal de Obras do Rio, João Luiz Reis da Silva, os cariocas que precisam se locomover da zona sul à Barra da Tijuca terão um outro caminho em breve.
“Esses estudos estão sendo feitos pela prefeitura e pela Fundação GeoRio. O projeto está em fase de detalhamento e a via alternativa será muito importante. Tão logo seja licitada, começaremos as obras”, anunciou Reis da Silva, sem especificar datas.
A medida foi confirmada durante audiência da Comissão de Assuntos Municipais e de Desenvolvimento Regional da Assembleia Legislativa (Alerj), na quinta-feira, dia 4. Na ocasião, foi apresentado que há a possibilidade da construção de um túnel.
O estado do elevado e sua reforma ainda são alvo de polêmica. Enquanto a prefeitura se compromete adotar soluções, como a troca das estruturas responsáveis pelo apoio dos tabuleiros das pistas nos pilares de sustentação do viaduto, os chamados “dentes gerber”, um estudo da Coppe/ UFRJ aponta para a substituição dos dois tabuleiros da estrutura. “A prefeitura diz que não vai trocar os tabuleiros do Elevado do Joá porque a obra é cara e vai ter que interditar o tráfego no local. Ao mesmo tempo, está derrubando o viaduto da Perimetral, que não oferece risco, por um valor exorbitante. Não vejo coerência nisso”, diz a deputada Clarissa Garotinho (PR), presidente da comissão.
Para amenizar os danos, a prefeitura já determinou que caminhões e veículos de carga não passem mais pela via e também diminuiu o limite de velocidade de 80 para 60 km/h. De acordo com Eduardo Batista, professor da Cop- pe/UFRJ, a interdição do elevado é necessária por causa da corrosão. “Reconheço a dificuldade para os gestores, devido aos transtornos inerentes a uma obra desse porte. Mas, após um estudo, chegamos à conclusão de que é preciso fazê-la”, afirmou.
Ele defende a construção de uma nova via. “A solução definitiva é a troca e a renovação completa dos tabuleiros. Isso só poderá ser feito quando tivermos uma via alternativa disponível”, explicou Batista.
Fonte: Band/UOL