Por Antero Jorge Parahyba*
Há cerca de um ano, uma regulamentação de autovistoria entrou em vigor objetivando reduzir os riscos nas edificações da Cidade do Rio de Janeiro.
Mais recentemente, uma norma com procedimentos para reformas, também entrou em vigor, trazendo, igualmente, a expectativa de redução de riscos nas edificações de todo o País.
Uma nova norma, de inspeções prediais, tem sua elaboração em andamento e, quando concluída e em vigor, vai se somar aos dispositivos anteriores para o bem das nossas edificações.
Nessa "onda", poderão ganhar a sociedade, os engenheiros e os arquitetos.
Os dois últimos poderão ganhar como cidadãos e, também, como profissionais mais valorizados.
Todos poderão ganhar se a prática dessas ferramentas evoluir e se consolidar.
E isso, provavelmente, dependerá mais de nós, profissionais de engenharia e de arquitetura, do que dos demais membros da sociedade e dos poderes públicos.
Nós, profissionais, deveremos estar mais atentos aos comportamentos nocivos àquelas ferramentas que, muitas das vezes, ocorrem de forma tão sistemática, que permitem se imaginar a contrariedade de outros interesses.
Afinal, há um bom momento nosso, que não deverá ser desperdiçado.
As autovistorias são das edificações e não de partes das edificações. A norma de reformas não cria mais responsabilidades para os síndicos, mas explicita o direito deles às informações, enquanto representantes das massas condôminas. E, por fim, uma inspeção predial não poderá se limitar às questões da manutenção, mas abranger as condições de toda a edificação.
Disseminando o correto, faremos ventar a favor.
*Conselheiro do Clube de Engenharia, do IEL e do CREA-RJ