Na mesa de abertura, Francis Bogossian já deu o tom do debate. “É uma honra sediar este evento, como cidadão, considero que a prevenção de acidentes de trabalho tem uma importância fundamental no nosso país”, disse o presidente do Clube na abertura do evento.
O debate contou com especialistas sobre o tema e abordou, principalmente, os problemas enfrentados pelos funcionários públicos. Para Francis Bogossian, a prevenção de acidentes deve ser o foco. “Os acidentes de trabalho podem conduzir a desastres de perda de vida e patrimônio e a prevenção custa muito menos que, além da tristeza, a mitigação das catástrofes. É preciso se conscientizar não só a população, mas também as autoridades”, frisou.
Jaques Sherique, diretor de atividades patrimoniais do Clube de Engenharia, lembrou a importância de debater a segurança dos trabalhadores em todas as esferas. “Hoje, o servidor público tem sido uma categoria negligenciada pelos nossos legisladores, eles têm recebido pouca atenção dos responsáveis pelos estabelecimentos públicos”, destacou.
Os números são assustadores. Segundo o Fundacentro – setor governamental responsável pela saúde do trabalhador -, em 2011, mais de 700 mil acidentes de trabalho foram registrados. Cerca de 2700 óbitos relacionados a doenças e acidentes ligados ao trabalho. Mais de 70 bilhões de reais são gastos com acidentes e doenças de trabalho por ano. Para o representante da entidade, isso precisa mudar. “Governos do estado e prefeituras não podem continuar sem programas de Segurança e Saúde do Trabalhador. Queremos desenvolvimento com segurança para trabalhadores públicos e privados”, frisou.
Com o auditório lotado, a conclusão que se chegou após o debate foi que os programas de assistência à saúde do trabalhador precisam melhorar e avançar. Muitas pessoas se interessam pelo debate e têm muito a contribuir. Os casos do Hospital Universitário da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e do Instituto de Assistência dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro (Iaserj) foram utilizados como exemplos sobre o tema.
O Iaserj, desde a sua criação, tinha como objetivo cuidar da saúde do trabalhador. No Rio de Janeiro, são 600 mil servidores públicos e seus dependentes que ficarão desassistidos com o fechamento do hospital, imposto pelo governo do estado. Sobre os hospitais universitários, os palestrantes falaram sobre a necessidade do controle social, tendo em vista a quantidade de empresas privadas que têm gerido o sistema.
O CREA-RJ, que também esteve presente no evento, disponibilizou um vídeo sobre os debates. Clique para assistir à matéria.