Abílio Borges, Sérgio Ribinik, Benedicto Humberto Rodrigues, José Humberto Iudice e Ribamar Bezerra na abertura da Semana da Geologia.
Foto: Fernando Alvim

Abílio Borges, Sérgio Ribinik, Benedicto Humberto Rodrigues, José Humberto Iudice e Ribamar Bezerra na abertura da Semana da Geologia.
Foto: Fernando Alvim

Dando continuidade às atividades do Dia do Geólogo, comemorado no dia 30 de maio, a Semana da Geologia no Clube de Engenharia organizou extensa programação de 3 a 7 de junho, com palestras, debates e uma exposição de mapas geológicos montada na galeria do 22º andar. No dia 5 de junho, quarta-feira, o foco é a formação dos profissionais. Especialistas, educadores, estudantes e representantes de entidades de classe discutem, entre 14 e 20 horas, o ensino da Geologia nas universidades do Rio de Janeiro, a formação corporativa dos geólogos na Universidade Petrobras e a abertura de cursos de geologia pelo Ministério da Educação e Cultura.

No dia 6 de junho, quinta-feira, estão em pauta as condições de trabalho, o mercado da Geologia no Brasil e a força representativa da classe. Novamente às 14 horas, os debates começam com a proposta de criação do Sindicato dos Geólogos do Rio de Janeiro. Em seguida, a visão do mercado sobre a empregabilidade dos geólogos e o salário mínimo profissional serão debatidos com participação direta e microfone aberto. O evento termina às 20 horas. Na sexta-feira, dia 7, às 18h30, será feito um grande resumo dos debates e às 19h30, o geólogo e conselheiro do Clube de Engenharia, Ricardo Latgé recebe a homenagem da Associação Profissional dos Geólogos do Estado do Rio de Janeiro (APG) e da divisão técnica de Recursos Minerais (DRM), fechando os eventos da semana.

 

Desafios em pauta
Segundo Benedicto Humberto Rodrigues, chefe da divisão técnica da DRM, organizadora dos eventos em parceria com a APG, a Semana da Geologia acontece em momento-chave para a profissão e traz temas importantes para o futuro da Geologia. “Está faltando geólogos no mercado. A demanda é grande, mas a área do petróleo absorve praticamente toda a mão de obra. Em função do pré-sal, os recém-formados já saem da faculdade empregados, não só pela Petrobras, mas também por empresas estrangeiras. Já as outras áreas de mineração, ambiental, geotecnia ficam esvaziadas”, explica. O diretor Técnico Abílio Borges ressalta o gargalo que está se formando na área geológica: “O país precisa crescer e, para isso, essa questão precisa ser discutida e resolvida. Eventos como esse, em que as pessoas são convidadas a debater por uma semana inteira são bons para isso”.

Para José Ribamar Bezerra, presidente da APG, dar visibilidade à necessidade de um sindicato no Rio é um dos pontos principais do evento. “Os debates ainda são informais. Com os debates que faremos, esperamos reforçar isso. Fato é que há muitas reclamações em relação ao salário mínimo profissional e  problemas sobre os locais de trabalho, entre outros, que criam um contexto que pode levar a questão sindical para frente”, explica. A defasagem salarial entre o mercado mais aquecido do petróleo e daqueles oferecidos nas prefeituras relacionados, inclusive, com a segurança das pessoas, também foi lembrado por Ribamar. “Se as prefeituras cumprissem o salário mínimo profissional, diminuiríamos razoavelmente essa defasagem. O primeiro passo para equalizar a questão é fazer cumprir a legislação”, defende.

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