O Globo  | Página Opinião | 06 de janeiro de 2015

Luis Turiba, jornalista e poeta

Da Praça Mauá ao Santos Dumont, funcionam museus, escolas, bibliotecas, teatros, clubes, sindicatos

 

O Centro do Rio tem todos os ingredientes para se constituir num dos maiores corredores de convivências de culturas do planeta. Pense na Times Square, em Nova York; na Plaza Mayor, em Madri; ou no calçadão do Centre Georges Pompidou, em Paris. Imaginou: o centro cultural do Rio pode ser ainda maior. Basta querer, mexer, transformar, fazer.

Da Praça Mauá ao Aeroporto Santos Dumont, é um corredor onde funcionam centros culturais, museus, escolas, bibliotecas, polos gastronômicos, teatros, rádios, clubes, sindicatos, instituições carnavalescas e auditórios diversos. A cultura pulsa, mas não se articula para se tornar um tsunami de inquietações.
Consideremos a Avenida Rio Branco como eixo central, começando na Praça Mauá, onde funciona o MAR, o quase pronto Museu do Futuro, a sede da histórica Rádio Nacional e a Pedra do Sal; até a Cinelândia, onde o monumental Theatro Municipal brilha. Nessa legendária praça e em seus arredores, centro político de grandes acontecimentos, ainda convivem a Biblioteca Nacional, o Museu Nacional de Belas Artes, a Academia Brasileira de Letras, e o Museu de Arte Moderna, vizinho do Santos Dumont, que liga o Rio a São Paulo, BH e Brasília.

Do lado direito da Avenida Rio Branco, está o Clube de Engenharia, com seus 130 anos de história, e o Sindicato dos Jornalistas; isso sem falar da velha e moderna Lapa, com dezenas de espaços musicais; e a nova Praça Tiradentes. Do outro lado da calçada, no corredor rumo à Praça Quinze, onde circulam diariamente quase dois milhões de cariocas (fora os que moram em Niterói); vamos encontrar magnificamente espalhados, quase formando um corretor de vida própria, o Centro Cultural Banco do Brasil, a Casa França-Brasil, o Centro Cultural dos Correios, a Escola de Cinema Darcy Ribeiro. Caminhando ali por trás, encontraremos um dos maiores polos gastronômicos do Centro, com dezenas de restaurantes, bares e cafés entre a Candelária e a Praça XV. Nesse mesmo contexto estão o histórico Paço Imperial e, ao seu lado, a sede da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

A Alerj está geograficamente no centro desse desarticulado Centro de Convivência e pode funcionar como um sol, iluminando e unindo essa galáxia de cultura, arte, conhecimento e lazer. Pela sua tradição e forca política, pode muito bem plugar todos esses espaços para o Rio 450 Anos. E olha que não falamos da Associação Brasileira de Imprensa, da Ordem dos Advogados do Brasil, dos espaços ligados ao Sesc, Senai, da Firjan.

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