Clube de Engenharia defende licitação completa do projeto da Ferrovia EF-118

O Clube de Engenharia se soma a todos que são a favor que a licitação da Ferrovia EF-118 contemple todo o seu trajeto previsto no projeto original, que liga Nova Iguaçu a Vitória. Essa linha férrea entre o município da Baixada Fluminense e a capital capixaba é fundamental para a economia e integração do Estado do Rio, pois cortaria diversos municípios com enorme potencial industrial, sobretudo o Complexo de Energias Boaventura (antigo COMPERJ), em Itaboraí.

Representantes do Clube participaram da audiência pública realizada na sexta-feira, dia 31 de janeiro, na FIRJAN, convocada pela ANTT e pelo Ministério dos Transportes, a fim de se debater o futuro do projeto. O encontro serviu para acender um alerta com relação ao possível fatiamento da licitação da construção, privilegiando o trecho norte, entre Porto do Açu e Vitória.

A licitação desta forma, muito provavelmente, deixará o trecho sul prejudicado, com sua execução a ser realizada em um futuro remoto. Os recursos da União, do PAC, irão servir apenas ao segmento exportador de minério de ferro, não atendendo às demandas do Rio de Janeiro. O Porto do Açu desta forma não criará empregos, nem estimulará o tão almejado surgimento de empresas. Sem desenvolvimento, a engenharia e os engenheiros continuarão sem perspectiva no Rio de Janeiro.

Implantar o chamado trecho norte da EF-118, entre o Porto do Açu e o Espírito Santo, e postergar o trecho sul é inaceitável. Se assim for feito, somente com a implantação do trecho norte, será um afastamento brutal dos objetivos conceituais da própria concepção do Porto do Açu, solapando os eventuais potenciais para a integração econômica fluminense.

Consideramos, também, que a EF-118 deve contemplar o transporte de passageiros, um meio sustentável, promovendo um desenvolvimento mais equilibrado e inclusivo.

O Clube de Engenharia reforça a importância de seguir o projeto original, conclamando a ANTT, o Ministério de Transporte, enfim, ao governo federal a priorizarem uma visão de futuro que beneficie o estado como um todo, promovendo desenvolvimento, geração de empregos e integração econômica. O momento é de união e ação para que a EF-118 se torne um legado de progresso e inclusão para as gerações futuras.

Francis Bogossian
Presidente do Clube de Engenharia Brasil

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