Foto: Agência Brasil

A Diretoria de Atividades Técnicas do Clube de Engenharia e a Divisão Técnica de Recursos Hídricos e Saneamento (DRHS) promoveram, em 11 de setembro, a palestra “Mudanças climáticas: mitos e fatos”, com o geólogo Geraldo Luís Lino. Autor de livros sobre o tema, Geraldo defende que em todo o mundo, em diversos espaços de decisão, há mitos fortemente instalados. Em meio ao polêmico debate aponta como causa as decisões políticas, não técnicas e científicas.

Segundo ele, mudança é o estado natural do clima e nunca existiu e jamais vai existir um clima estático. “Não há absolutamente nada de anormal nas oscilações de temperaturas atmosféricas e oceânicas e no nível do mar observado nos últimos séculos, desde a Revolução Industrial do século XVIII, quando a humanidade começou a queimar combustíveis fósseis em grande escala”, explica. Ele também defende que não haverá grandes catástrofes caso as temperaturas aumentem dois graus acima de níveis pré-industriais e que não é impossível estender o nível de vida dos países avançados a todo o mundo.

Fatos para combater o senso comum
O geólogo afirma que baseia essas afirmações em dados científicos que provam a inexistência de uma relação direta entre a ação do homem e as mudanças climáticas e destaca que os dados precisam ser medidos em milhões de anos para se entender o clima do planeta. Gráficos e estudos apresentados apontam que as variações da temperatura no mundo são cíclicas e que o período quente atual espelha outros períodos quentes ao longo da história da humanidade, como os períodos quentes medieval e Romano.

Gráficos dos últimos 15 mil anos, criados com base em perfurações na Groelândia, apontam que nos últimos 12 mil anos, época em que o homem existe sobre o planeta, temperaturas ainda mais quentes foram registradas. “Antes da climatologia se transformar em uma ciência politizada, os períodos mais quentes que o atual eram chamados ‘ótimos climáticos’, uma vez que eles são os mais favoráveis a quase a totalidade da biosfera. A vida prolifera mais nos períodos mais quentes. Inclusive não há registro de civilizações nos períodos glaciais que antecederam o nosso período mais quente”, aponta Geraldo.

Já no caso do nível do mar, o geólogo aponta que o mesmo ocorre: ao longo da história do planeta, o nível do mar subiu e desceu de forma natural, sem precisar de interferências humanas. “No período glacial, grande parte da água da Terra está congelada, principalmente no Hemisfério Norte. Quando esse gelo derrete, obviamente o nível do mar tem que subir. Na costa brasileira, há registros de que o nível médio do mar estava mais alto que o atual 2 ou 3 metros, em Santa Catarina e Pernambuco, 6 ou 7 mil anos atrás”, destaca.

Por que a farsa?
Os técnicos e cientistas que apontam inconsistências na teoria do “aquecimento global” costumam destacar a incapacidade dos modelos climáticos em prever de forma precisa o clima do planeta no futuro. Esses modelos são gerados por supercomputadores que, alimentados por dados, traçam uma estimativa do clima para os próximos anos. Os resultados desses modelos costumam mostrar um esquentamento constante do planeta. Já os estudos que focam no clima ao longo da história da Terra não sustentam a teoria. “A hipótese do aquecimento global antropogênico não se sustenta em evidências reais, só em modelos climáticos”, aponta Geraldo.

Mas por que autoridades em todo o mundo assumiriam como verdade uma teoria que não se comprova cientificamente até agora? Segundo Geraldo, o fanatismo ambiental tem sido usado como a arma perfeita para impedir que países em desenvolvimento avancem na direção dos países desenvolvidos. Pesquisas e a invenção de tecnologias vêm sendo bloqueadas nos últimos 30 anos tendo como base o aquecimento global. “Belo Monte tinha em seu projeto original um reservatório 3 vezes maior, o que reduziu a potência da usina de 13 mil megawatts para 4 mil, chegando a apenas mil megawatts no período de seca. É um descalabro, mas foi resultado de mais de vinte anos de campanhas ambientalistas. Precisamos deixar de ser ingênuos”, aponta.

Para Geraldo, o movimento ambientalista é político e não nasceu de forma espontânea. “Foi criado no início da década de 60 com a finalidade de atuar como um aríete contra os países em desenvolvimento que, na época, buscavam a industrialização. Não se trata de teoria conspiratória, mas de uma estratégia para convencer os subdesenvolvidos do mundo que não é possível que eles alcancem o mesmo nível de desenvolvimento dos países industrializados e das economias industriais avançadas, sob pena de poluir o mundo todo”.

Receba nossos informes!

Cadastre seu e-mail para receber nossos informes eletrônicos.

O Clube de Engenharia não envia mensagens não solicitadas.
Pular para o conteúdo