A inauguração da exposição ''Sala escura da tortura'' (foto), no último dia 10 de agosto, no Palácio Rio Branco, em Petrópolis, marcou mais um momento importante do esforço em prol do tombamento da ''Casa dos Horrores'' e posterior transformação do imóvel em um museu de resistência. A pacata casa branca cercada por um jardim no bairro do Caxambu era utilizada por torturadores para arrancar confissões dos presos políticos. Pode ser que naquele espaço, onde tantos sofreram e morreram de forma doentia, a memória se mantenha viva e sirva de alerta e lembrança constante do que acontece quando a liberdade é silenciada por governos ditatoriais. 

Estiveram presentes o teólogo, escritor e presidente de honra do Centro de Defesa dos Direitos Humanos - Petrópolis (CDDH), Leonardo Boff e Gilney Viana, coordenador do projeto Direito à Memória e à Verdade, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. Jane de Alencar, ex-militante política, representou as pessoas que foram torturadas pelo regime militar e que, segundo ela ''sofreram nas prisões a covardia e a doença dos torturadores e que perderam um pouco da fé no ser humano, ou que perderam a própria vida, tão jovens, e que nós amávamos tanto''! 

A exposição, que foi apresentada originalmente em 1973 no Museu de Artes de Paris, percorreu diversos países antes de chegar ao Brasil. É composta por sete telas pintadas por Julio Le Parc, da Argentina, Gontran Guanaes Netto, do Brasil, Alejandro Marcos, da Espanha e do uruguaio José Gamarra, que estarão abertas ao público até o dia 19 de agosto. 

Fonte: Blog da Hildegard Angel (http://noticias.r7.com/blogs/hildegard-angel/2011/08/15/em-petropolis-a-casa-do-terror/).

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