Governo retoma Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial com 5G na pauta

Texto publicado originalmente pelo Teletime.

 

Após sete anos sem atividades, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI) retomou suas atividades, com a realização de uma reunião no Palácio do Planalto nesta quinta-feira, 6.

O colegiado tem a missão de impulsionar industrialização do País. Participaram da reunião inaugural do órgão o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, além de outros ministros – como o chefe da pasta das Comunicações, Juscelino Filho.

Na reunião, Filho destacou o um ano de funcionamento da cobertura 5G, que deve abrir caminho para ganhos de produtividade e eficiência na indústria. Vale lembrar que, em maio, o comitê executivo do CNDI definiu a universalização do 5G e a transformação digital da indústria como alguns dos macros desafios que a política industrial brasileira deve enfrentar.

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Na reunião inaugural do CNDI desta quinta-feira, alguns anúncios foram realizados pelo governo. Entre eles, uma injeção de R$ 106,16 bilhões na indústria nos próximos quatro anos, em áreas consideradas estratégicas.

Os recursos serão provenientes de BNDES, Finep e Embrapii — a maior parte via linhas de crédito ou financiamento, mas com parcela na forma de fundos de apoio à inovação. Os recursos do BNDES (R$ 65,1 bilhões) serão destinados prioritariamente para financiar projetos de inovação e digitalização. Outra ação relevante será a facilitação de crédito para financiar a produção de bens nacionais voltados à exportação.

Pela Finep (R$ 40,68 bilhões), os recursos serão destinados a pesquisa e desenvolvimento a empresas brasileiras para apoiar as diferentes etapas do ciclo de desenvolvimento científico e tecnológico. Já a Embrapii destinará recursos para apoiar as instituições de pesquisa tecnológica, fomentando a inovação na indústria brasileira.

O CNDI

O CNDI foi criado em 2004, mas estava sem funcionar há sete anos. Mirando uma nova política industrial e a reversão do processo de desindustrialização do Brasil, o conselho tem 20 ministros em sua composição, além do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e 21 conselheiros representantes da sociedade civil, entre entidades industriais e representantes de trabalhadores.

Já o comitê executivo é o fórum técnico do CNDI, composto apenas por representantes governamentais. "A tarefa do CNDI é ouvir bastante a indústria, identificar os gargalos e traçar medidas para impulsionar a atividade industrial", resumiu o presidente em exercício, Geraldo Alckmin, na ocasião da reunião do comitê, realizada em maio.

Ao longo dos próximos meses, o CNDI ainda se debruçará sobre missões específicas — entre eles a segurança alimentar e nutricional; a ampliação do acesso à saúde; infraestrutura, moradia, saneamento e mobilidade sustentáveis; tecnologias de interesse para soberania e a defesa nacionais; empresas competitivas em tecnologias digitais; e descarbonização da economia e ampliação de cadeias associadas à transição energética e à bioeconomia.  O objetivo é construir a nova política industrial, de caráter inovador, sustentável e inclusivo socialmente, afirma o MDIC.

A próxima reunião do CNDI será em novembro, já para aprovação da política industrial e seus instrumentos.

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