USP faz a diplomação póstuma de dois alunos mortos pela ditadura

Alexandre Vannucchi Leme e Ronaldo Mouth Queiroz eram estudantes de Geologia e foram assassinados em 1973

Dois estudantes de Geologia da Universidade de São Paulo (USP) que foram mortos pela ditatura militar em 1973 receberam a diplomação póstuma na última sexta-feira (15/12). Numa cerimônia com a presença de familiares e amigos de Alexandre Vannucchi Leme e Ronaldo Mouth Queiroz, os diplomas foram entregues e seus nomes podem agora figurar junto a todos os outros egressos do curso. Ambos eram ligados ao movimento estudantil.

Eles pertenciam ao Instituto de Geociências, no campus do Butantã, onde organizavam a resistência à ditatura. Alexandre Vannucchi Leme nasceu em Sorocaba, em 1950, e recebeu homenagem da prefeitura com o nome de uma praça. Ele militava na ALN (Ação Libertadora Nacional). Preso no dia 16 de março de 1973 por agentes do DOI-CODI, foi torturado e morto. Depois de enterrado como indigente, seu corpo foi exumado dez anos depois para que seus pais pudessem fazer o sepultado.

“Ele receberia o diploma dali a uns meses. Seria o primeiro de casa a receber um diploma e da maior universidade da América Latina”, declarou à TV Globo Beatriz Vannucchi Leme, irmã de Alexandre

Ronaldo Muti Queiroz nasceu na capital paulista em 1947 e na época da morte era presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da USP. Começou a ser perseguido por conta de sua militância e teve que abandonar o curso de Geologia. Ele assassinado em 6 de abril de 1973 num ponto de ônibus.

Eles fazem parte do projeto Diplomação da Resistência, que vai conceder diploma em nome de outros estudantes mortos no período de exceção.

Acesse aqui a reportagem.

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