Entre as principais bandeiras e debates em andamento, a MP579 e suas consequências para a engenharia nacional mobilizam a nova direção

A nova diretoria do Instituto de Desenvolvimento Estratégico do Setor Energético (Ilumina) tomou posse no último dia 24 de setembro. Até setembro de 2014, estarão à frente do instituto Agenor de Oliveira Mattos, Amaro Olímpio Pereira Júnior, Carlos Augusto Amaral Hoffmann, Carlos Augusto Ramos Kirchner, Fabio Machado Resende, Francisco de Assis Chagas de Mello e Silva, Roberto Gomes Leite, Roberto Pereira D’Araujo, Ronaldo Lucio Teixeira Nery. Compõem o Conselho Fiscal: Nestor Domingos Rodrigues, Otavio Madeira e Paulo Roberto Gomes, com Marcos Carvalho Gomes, Paulo Cesar Fernandez e Renato Pinto Queiroz como suplentes.

Assumem o instituto em meio a grandes debates sobre o setor elétrico nacional. Apenas 13 dias antes da posse, foi sancionada pela presidenta Dilma Rousseff a Medida Provisória nº 579 que, sem maiores discussões, reduziu as tarifas de energia, atingindo violentamente empresas tradicionais do setor, como Furnas, Chesf e Cemig, entre outras. A MP 579 também trata de outra questão diretamente relacionada à primeira: as concessões do setor elétrico.  No Congresso Nacional, uma Comissão Mista foi instalada para analisar a MP, que já possui cerca de 300 emendas protocoladas.

Segundo o diretor Roberto d’Araújo, a indústria colocou a culpa da sua baixa competitividade na energia e a desculpa funcionou. “O que fica esquecido é que a maioria dos industriais não paga a tarifa que nos envergonha. Estão no mercado livre, onde além de não se saber os preços, predominam contratos de curto prazo que inviabilizam a expansão da oferta. Se algum dia a história abrir essa caixa preta, mais um escândalo vai se juntar à nossa coleção. As  concessões vão vencer em 2015 e não se vê uma contabilidade sequer para provar que o consumidor já pagou por elas”, afirma, ressaltando que a derrocada das empresas estatais pode estar mais perto do que se imagina, com o agravante de que a sociedade praticamente ignora a gravidade do momento.

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